Saudações, estimado Irmão!
OS ESTATUTOS SCHAW

Este precioso documento produzido por William Schaw, no ano de 1598, em Edimburgo, capital da Escócia, quando era Master of Work do Rei James VI, prescreve detalhes e deveres a serem seguidos pelos praticantes da Arte Real.

Trata-se de ordenações profissionais, que encontraram eco nas ordenações da Maçonaria Especulativa.

Ao todo, são 22 Regras que versam sobre autoridade, pagamento, comprometimento, segurança do trabalho e do ponto que trataremos que é a justiça.

Basicamente, e quase que universalmente, a justiça maçônica atua em três câmaras: A Primeira Instância é a Loja dos envolvidos, a Segunda Instância é a Câmara de Justiça, formada por membros de outras Lojas e, a última Instância se dá na Câmara Superior de Recursos, composta por autoridades da Instituição.

Na iniciação, recebemos a Regra Áurea, o principio básico de manter a ordem social através da preservação dos direitos, compreendendo que a harmonia do grupo é superior às aspirações pessoais.

Fomos alertados que não podemos trabalhar (usar o avental) entre Irmãos (em Loja) se houver animosidade ou desarmonia com algum Obreiro. Devemos o mais breve, procurar reatar os laços de companheiro de oficio, mas se, desafortunadamente, por ego ou ignorância não conseguirmos restabelecer as cordiais relações, é melhor que nos retiremos em prol da manutenção da paz e da harmonia da Loja.

Mas, onde os ritualistas se inspiraram para nos instruir desta forma?

Observemos a 17ª Regra proposta por William Schaw:

“Se existir alguma disputa, querela ou desentendimento entre os Mestres, os ajudantes ou os aprendizes iniciados, que as partes em questão comuniquem a causa de sua querela aos veneráveis e aos diáconos de sua Loja em um prazo de vinte e quatro horas, sob pena de multa de dez libras, a fim de que possam reconciliar-se e chegar a um consenso e que suas diferenças possam ser aplainados pelos referidos veneráveis, diáconos e Mestres; e se ocorrer de uma das partes se empenhar e ser obstinado em sua questão, esta será excluída dos privilégios de sua Loja e não lhe será permitido voltar a trabalhar nela até que reconheça seu erro diante dos veneráveis, diáconos ou Mestres.”

ALÉM, CLARO, DA SIGNIFICATIVA INSTRUÇÃO DESCRITA, ACIMA, DEVEMOS TAMBÉM DESENVOLVER O HÁBITO DE CONHECER NOSSAS ORIGENS PARA MELHORAR O APRENDIZADO E O RESPEITO AOS ANTIGOS MESTRES, QUE NÃO INVENTARAM UM RITUAL A PARTIR DO NADA. ALTERAÇÕES NOS RITUAIS PODEM SER NEFASTAS, MESMO AS QUE PROCURAM ADEQUAÇÕES SEMÂNTICAS.

DEDICO este artigo aos Irmãos da ARLS Acácia do Sapucahy 329 do oriente de Carmo do Rio Claro, onde ontem realizamos a Sagração do seu belíssimo Templo e dos Irmãos da ARLS Presidente Roosevelt 025, onde amanhã estaremos trabalhando em Sessão Magna de Iniciação. Vamos em frente!

Neste décimo segundo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.
 
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.

Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG