Ano 13 - Artigo 16 - Número Sequencial 717 - 21 Abril 2019
Saudações, estimado Irmão!
CORDEIRO MAÇÔNICO
Herdada da tradição hebraica, a Páscoa alcança no Cristianismo sua maior dimensão espiritual.
Na Maçonaria, celebramos esta primeira lua cheia após o Equinócio como um ciclo que recomeça e uma esperança que renasce.
Permanecemos alinhados com você, meu Irmão, e com sua família, na incansável missão de construirmos uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.
Que a sabedoria da Páscoa nos ilumine com a poderosa Luz-guia do aperfeiçoamento moral do Ser Humano e nos forneça os melhores instrumentos para tornar feliz a humanidade.
Saudável e oportuno é compreendermos os símbolos e alegorias da Páscoa. A Páscoa Judaica, conhecida pelos judeus como Pessach, significa “passagem” e relembra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito, há cerca de 3500 anos. No Cristianismo, seu maior elemento simbólico é o filhote de ovelha, o chamado “Cordeiro Pascoal”.
Há algumas particularidades na escolha do animal que iria para o sacrifício para expurgar os pecados dos homens. O cordeiro deve ser jovem e não pode ter nenhuma mancha, o que, simbolicamente, representa um ser PURO, SEM MALÍCIA, INOCENTE.
Como podemos nos situar, maçonicamente, no “Sacrifico do Cordeiro Pascal”? Primeiramente, com a premissa, claro, que deixamos para trás rituais de imolação de animais às divindades, o que não é próprio da Maçonaria.
Sob a perspectiva da simbologia maçônica, entendemos que nossa ação seja um SACRO OFÍCIO, um trabalho voltado e inspirado no que é justo e necessário, no combate aos grandes “pecados da humanidade”, que são:
O OBSCURANTISMO, que mantém o homem na escuridão (ignorância). O Maçom Cordeiro deve ser PURO como a luz do esclarecimento.
A PERFÍDIA, traço dos desleais que a defraudam. Cabe ao Maçom Cordeiro manter-se integro, SEM MALÍCIA e assim servirá de exemplo e inspiração.
O ERRO, que, na sociedade, é resultante de juízo ou julgamento em desacordo com a realidade. O Maçom Cordeiro deve, antes de aclamar o acerto, conduzir sua própria vida de forma assertiva. Deve estar seguro e confiante no agir e pensar, de modo que suas ações e comportamento o garantam sempre a condição de INOCENTE.
Ainda nos resta compreender o “Pessach Judaica” ou “Passagem”, que foi a fuga dos hebreus do Egito. A celebração não se dá apenas pela mudança do local, mas, principalmente, da condição de escravos para homens livres.
NOSSOS RITUAIS DE PASSAGEM, DEVEM MANTER, PERMANENTEMENTE, O PROPÓSITO DE SEREM “FESTA DE LIBERTAÇÃO”, QUE NOS LIBERTARÁ DOS VÍCIOS E NOS PURIFICARÁ PARA O SACRO OFICIO DE TORNAR FELIZ A HUMANIDADE, INDIFERENTE DE NACIONALIDADES, LÍNGUAS OU CREDOS.
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG