Saudações, estimado Irmão!
COTIDIANO MAÇÔNICO
No artigo anterior fiz menção ao termo “cotidiano”, representado por um pedaço de pão e transcorremos na alegoria do trigo/homem nas iniciações que o levaram ao pão/maçom.
Mas, não aprofundamos o suficiente no importante “cotidiano”.
Observando a História de nossa civilização constatamos que cada vez menos surgem grandes gênios da pintura, grandes compositores, grandes cientistas, grandes heróis, grandes escritores, até mesmo grandes políticos. Ou seja, há uma escassez de grandes homens em escala mundial.
Talvez, seja por não haver grandes conquistas mais a serem feitas pela humanidade. Há um segmento do pensamento místico e religioso defensor de que os grandes avatares cumpriram a sua missão na evolução do plano terrestre e já deixaram aqui sua marca como “Grandes Mestres”, em todos os setores da civilização.
Naturalmente, há o contraponto daqueles que lembram das doenças que, como peste, não encontram cura, das guerras provocadas pelos ambiciosos, da fome, que é o cotidiano dos desafortunados e da inexorável morte.
Atuar frente a estes quatros flagelos da humanidade é o que se diz combater o bom combate; e ao terminar a jornada, ter a certeza de poder aguardar na fé.
Mas, não creio que no grau de evolução que se encontra a humanidade consigamos proeza de tamanha magnitude que extinguiremos estes Cavaleiros do Apocalipse.
Se não há, portanto, grandes coisas a realizar, o que devemos fazer? Pequenas coisas!
A mensagem do Irmão Chanceler é bem clara. Estamos envolvidos na Humanidade para torná-la feliz. De uma forma muito natural, advinda de gestos de amor, demonstrações de tolerância, respeito às diferenças religiosas, de raças e, principalmente, pelo aperfeiçoamento dos costumes.
Mas, isto não se faz em duas horas por noite, uma vez por semana, “a coberto” em Templo Sagrado.
O mundo real não está Entre Colunas. As Borlas dos cantos do mundo são a Tirania, a Ignorância, os Preconceitos e os Erros e a estes não se combate sem perigos.
Observe que não há “corrida do grau”. O que existe é “marcha do grau”. Perceba também que há harmonia nas “batidas”. E, quando ela não ocorre, ouvimos “profanamente batem....”. Aprendemos que os ensinamentos são graduados. De Grau em Grau nos elevamos. O que existe é a “Escada de Jacó” e não o “Elevador de Jacó”.
O TRABALHO DO MAÇOM É UM COTIDIANO CONSTANTE
NO SENTIDO EXATO DO TRABALHO DIÁRIO.
MELHOR AINDA É COMPREENDERMOS QUE O
COTIDIANO MAÇÔNICO, NADA MAIS É DO QUE CUMPRIR
NOSSA COTA DIÁRIA NA SAGRADA MISSÃO DE TORNAR FELIZ A HUMANIDADE.
DEDICO este artigo aos Irmãos da ARLS Independência e Liberdade 203, do Oriente de Belo Horizonte, onde estivemos em Loja de Mesa pelos 34 anos de fundação da Oficina; e aos queridos Irmãos da ARLS Lealdade e Justiça 014, do Oriente de Montes Claros, onde colaboramos no Quarto de Hora de Estudos.
Sinto muito. Me perdoe. Sou grato. Te amo. Vamos em Frente!
Neste décimo terceiro ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuaremos incentivando os Irmãos a enriquecerem o Quarto de Hora de Estudo. Indiferente de graus ou cargos, somos todos responsáveis pela qualidade dos trabalhos em nossa Oficina.
Imprima este trabalho e deixe entre seus materiais maçônicos, havendo oportunidade solicite ao Venerável Mestre sua leitura e promova o intercambio de idéias.
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG