CERTAMENTE, VOCÊ CONHECE COWANS

5 de Janeiro de 2020

 - Número Sequencial 754 - 05 Janeiro 2020


Saudações, estimado Irmão!

CERTAMENTE, VOCÊ CONHECE COWANS


Não existe tradução direta da palavra inglesa “cowans” para a língua portuguesa. Mas, ela está relacionada com o “dialeto maçônico”.

Cowans era usada para designar trabalhadores com pouca qualificação. Aqui, seria o que chamamos de “quebra-galho”. Na construção civil ela recebe o nome pejorativo de “pedreiro de meia colher”.

No período da Maçonaria Operativa, havia o alerta contra os “cowans”. Eles representavam aqueles que exerciam uma função sem ter sido devidamente introduzido a uma Guilda. Eles teriam aprendido o ofício pelas mãos de um espúrio ou observaram o trabalho de um Mestre e assim foi repetindo a atividade.

Na Maçonaria Especulativa “cowans” representa alguém que se apresenta pelo grau sem ter sido devidamente iniciado em uma Oficina. Ele aprendeu toques, sinais e palavras em lojas espúrias ou bisbilhotou o universo maçônico ao seu redor.

Nas Constituições de Anderson, de 1738, aparece o alerta sobre os “cowans”, onde Maçons não devem trabalhar e nem ensinar seu oficio a outros trabalhadores ou a curiosos.

Enfim, é o chamamento para estarmos permanentemente a cobertos, ou seja, que não haja furos no teto (nossa mais alta proteção) e assim estarmos protegidos das goteiras.

Exatamente isto: “cowans” são os “goteiras”. Então, o que devemos fazer?

Primeiramente, observar se não fazemos ”furos” no teto produzindo novas “goteiras”. Uso de jargões, como J&P, clamados em ambientes públicos são sem propósito. Baterias de graus em mesas de repartições, sinais de ordem em filas e liturgias de sessões públicas com frases inteiras retiradas dos rituais simbólicos são exposições desnecessárias.

Fato é que a tecnologia favoreceu os “bisbilhoteiros”. Mas, isto não nos isenta da responsabilidade da garantia do sigilo e de usar esta tecnologia como cobertura.

Quando alguém se aproximar como Irmão, peça sua identificação e a verifique junto às autoridades de sua Potência ou Obediência. Não aceite ser inserido em grupos de WhatsApp por alguém desconhecido. Não crie grupos onde qualquer um pode inserir novos “irmãos”. Pela proteção dos demais, se houver algum “cowan”, denuncie.

O inglês Samuel Prichard escreveu, em 1730, o livro Maçonaria Dissecada revelando detalhes da Maçonaria praticada à época. Através de Perguntas e Respostas, veja qual era o tratamento aos “cowans” e a correlação do castigo com a alcunha que lhe damos.

P- Aonde tem assento os Aprendizes mais novos?     R- No Norte.
P- Qual é a sua função?                                          R- Manter afastados todos os “Cowans” e os bisbilhoteiros.
P- Como deve ser castigado um “Cowan” ou bisbilhoteiro, se apanhado?
R- Deve ser colocado debaixo do beiral em dias de chuva até que as goteiras a escorrer por seus ombros saiam pelos seus sapatos.

SUGESTÃO PARA REFLEXÃO NO ÁTRIO:

Antes de adentrar ao Recinto Sagrado, canalizemos nossas energias para a seguinte máxima:

NÃO critique! Procure antes, colaborar com todos, sem fazer críticas. A crítica fere e ninguém gosta de ser ferido. E a criatura que gosta de criticar, aos poucos, se vê isolada de todos. Se vir alguma coisa errada, fale com amor e carinho, procurando ajudar. Mas, sobretudo, procure corrigir os outros através de seu próprio exemplo”
(Minutos de Sabedoria – Carlos Torres Pastorino)

Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos a enriquecer o Quarto de Hora de Estudo. Indiferente de graus ou cargos, somos todos responsáveis pela qualidade dos trabalhos em nossa Oficina.

Imprima este trabalho e deixe entre seus materiais maçônicos. Havendo oportunidade, solicite ao Venerável Mestre sua leitura e promova o intercambio de ideias em Loja.

Sinto muito. Me perdoe. Sou grato. Te amo. Vamos em Frente!
 

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG

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