A ÉTICA LEVA À CONSCIÊNCIA ou A CONSCIÊNCIA LEVA À ÉTICA?

8 de Março de 2020

A ÉTICA LEVA À CONSCIÊNCIA ou  A CONSCIÊNCIA LEVA À ÉTICA?


Por esses dias, o Irmão Leandro Temponi me proporcionou reflexões interessantes sobre a ética e sua relação com a consciência.

Em nossa vivência maçônica, nos deparamos com a máxima recorrente de que por meio da ética ampliaremos nossa consciência.

O cerne da questão se foca, por um lado, no entendimento do que chamamos de ética e o que denominamos por consciência; e, de outro, num valor que abrange ambas as concepções.

De forma didática, dizemos que é ética é um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e de moral individual, coletiva ou social. A consciência, por sua vez, é a percepção que o homem possui daquilo que é moralmente certo ou errado.

A amálgama que existe entre a ética e a consciência é a moral. Observe que não afirmamos que esta amálgama une exclusivamente a ética à consciência, mas, é uma ponte em duplo sentido. Ela faz uma ligação em mão dupla.

Este concepção quebra um pouco a ideia de que a pedra mais polida seja a ética. Naturalmente, ela tem seu brilho e, como tal, estará em destaque na construção de nosso Templo Interior, mas ela não compõe seu alicerce.

Uma perigosa afirmativa, mas, essencialmente real: A ética, assim como as pedras que formam os alicerces, não pode ficar sob a terra. Simbolicamente, ela pode até dar sustentação, mas ficaria escondida. Na verdade, o que é ético deve superar o alicerce e ser visto para ser admirado e copiado.

Por sua vez, a consciência como dispositivo interno do ser humano, esta sim, é a pedra de base. Uma Pedra Piramidal, com faces bem marcadas para interagir umas às outras, unidas pelo cimento místico do conhecimento e da fraternidade.

Blaise Pascal, gênio matemático do século 17, que, aos 16 anos elaborou um tratado sobre Geometria Projetiva e também se dedicava à filosofia, e nos deixou esta perola:

A Consciência é o melhor livro de moral e o que menos se consulta”

Esta é realidade que nos deparamos: Procurando nosso enlevo, equivocadamente, nos aprofundamos em sofismas, na vivência do outro, à procura de mestres e de coachs e tudo mais na superfície do plano externo.

Valoriza-se, atualmente, a procura de um resultado efetivo, advindo da relação externa/interna. O correto e o salutar seria o questionamento partindo do plano interno, baseado em três perguntas?

- Eu quero?   - Eu posso?   - Eu devo?

Quem, além de nossa própria consciência, poderá responder corretamente? Quem, além de nós mesmos, será responsabilizado pelos atos advindos das respostas?

O melhor de nós mesmos só se apresenta quando, conscientemente, atuamos nos Sãos Princípios da Moral, cujos resultados são a ética como um estilo de vida.

Está prescrito no Livro da Lei, 1Coríntios, Capítulo 6, Versículo 12:

"Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine.”

SUGESTÃO PARA REFLEXÃO NA SALA DOS PASSOS PERDIDOS:

Antes de adentrar ao Recinto Sagrado, canalizemos nossas energias para a seguinte máxima:

NOSSA mente está mergulhada na Mente Divina que sustenta os universos infinitos.
Nossa força mental permanece impregnada da Força Mental divina, que está em toda a parte ao mesmo tempo. Procure manter-se unido a essa Força Infinita, e jamais será derrotado. Você tem esse poder: confie! Você vencerá em toda a linha, se o quiser.
(Minutos de Sabedoria – Carlos Torres Pastorino)

Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos a enriquecer o Quarto de Hora de Estudo. Indiferente de graus ou cargos, somos todos responsáveis pela qualidade dos trabalhos em nossa Oficina.

Imprima este trabalho e deixe entre seus materiais maçônicos. Havendo oportunidade, solicite ao Venerável Mestre sua leitura e promova o intercambio de ideias em Loja.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG

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