QUAL É A ESPESSURA DA VENDA DE SEUS OLHOS?

15 de Março de 2020

Saudações, estimado Irmão!

QUAL É A ESPESSURA DA VENDA DE SEUS OLHOS?


Recebemos na Iniciação um par de luvas brancas, com a recomendação de que a sua candura deve reinar em nosso coração, assim como não devemos manchá-las com as impurezas do vício e do crime.

Penso que, junto às luvas brancas, deveria ser entregue ao Iniciado a venda preta, que o incapacitou de se dirigir por seus próprios meios e esforços.

Se, pelo conhecimento ele procurará não manchar as mãos, pela lembrança dos momentos de total ignorância do que se passava ao seu redor, ele se esforçará para manter os olhos bem abertos ao que se passa.

Certamente, esta venda será o elo para percebermos o quanto devemos ser responsáveis, mental e emocionalmente, em dirigir e guiar as gerações futuras, assim como nos esforçarmos para não nos tornar parte das massas ignorantes governadas por extremismo e preconceitos.

Numa interpretação mais acurada, devemos recordar que a privação do sentido da visão fez ou deveria fazer com que confiássemos mais nos outros sentidos que a natureza nos dispôs. A visão, supostamente, é o sentido material mais abrangente, pois o objeto visto já encontra no cérebro, de forma instantânea, o seu equivalente em um substantivo, um pronome e um adjetivo.

Os outros sentidos abrangem uma percepção etérea, para além da matéria. Observe que as orações, meditações e recordações vibram melhor com os olhos vendados pela pálpebra e com sons e aromas sutis.

Romanticamente, diz-se que os olhos são a janela do espírito. O que é um perigo, pois, direcionando nossos olhos para maus caminhos enfraquecemos o espírito e desvirtuamos o corpo.

A venda deve nos remeter à necessidade de atingirmos algo que nos conduz, seja um propósito, uma regra, um valor, algo que nos ajude a promover o domínio do espírito sobre a cegueira das nossas paixões.

Vencer as paixões é transformar a materialidade dos sentimentos profanos em puros sentimentos maçônicos, que resulta na espiritualização do Ser e na elevação de nossos sentimentos para com os outros.

Nossas relações para com o outro são, muitas vezes, “filtradas” por vendas sutis ou espessas, onde não VEJO, mas, simplesmente ENXERGO o outro dentro da minha ótica.

Por exemplo: O Irmão fala muito, ou “EU” não tenho paciência? O Irmão é muito nervoso ou sou “EU” que estou muito manso?

Sete são as vendas mais comuns que turvam a real visão dos substantivos, pronomes e adjetivos que traduzimos em nosso cérebro por meio da visão:
Orgulho; Avareza; Inveja; Ira; Impureza; Gula e Preguiça. Mas, há também sete “colírios” que trazem Luz ao homem: Humildade; Generosidade; Caridade; Mansidão; Castidade; Temperança e Diligência.

A Maçonaria nos ensina a suportar os revezes da nossa própria vida e, principalmente, a não sermos revezes da vida de ninguém.

SUGESTÃO PARA REFLEXÃO NA SALA DOS PASSOS PERDIDOS:

Antes de adentrar ao Recinto Sagrado, canalizemos nossas energias para a seguinte máxima:

MODIFIQUE seu modo de pensar, para que sua saúde se firme e estabeleça.
Pare de queixar-se de doenças! A doença é aumentada pela nossa emissão mental negativa. Expulse a enfermidade, confiando em sua cura! Você pode curar-se! Você está melhorando cada dia mais, sob todos os pontos de vista.
(Minutos de Sabedoria – Carlos Torres Pastorino)

Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos a enriquecer o Quarto de Hora de Estudo. Indiferente de graus ou cargos, somos todos responsáveis pela qualidade dos trabalhos em nossa Oficina.

Imprima este trabalho e deixe entre seus materiais maçônicos. Havendo oportunidade, solicite ao Venerável Mestre sua leitura e promova o intercambio de ideias em Loja.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG

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