NÃO HÁ LOCKDOWN MAÇÔNICO

29 de Março de 2020

Saudações, estimado Irmão!

NÃO HÁ LOCKDOWN MAÇÔNICO.


A tradução direta de “lockdown” é bloqueio. O termo vai se incorporando ao sentido de “aceso restrito”, “isolamento” até chegar ao conceito de “confinamento”.

Lockdown é um protocolo usado em casos de emergência, que produz o estado de contenção ou a restrição de progressão. Trata-se de uma medida SEMPRE ÚTIL E NECESSÁRIA, QUANDO BEM AVALIADAS TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS E PESSOAS ENVOLVIDAS.

Porém, como ensinado pelo Pavimento de Mosaico, há sempre dois lados da realidade. Somente compreendendo que a dualidade não é em si negativa, mas, positivamente embasadora do que estar no porvir, chegaremos a um denominador satisfatório.

Em respeito aos dispositivos legais, as reuniões maçônicas PRESENCIAIS estão suspensas; e o Maçom, obediente às leis, não poderia agir de outra maneira.

PORÉM, devemos compreender que passamos por um período de “acesso restrito” aos Templos, mas, não há diretriz alguma de “confinamento”.

Como isto é possível? Antes de esclarecer, permita-me uma chamada de atenção: Quando tudo estava normal, já não havia Maçons em confinamento?

Sim! São aqueles, não poucos, que, durante 2 horas por semana, se sentiam presos a um ritual, ao cumprimento de um cerimonial, à obrigatoriedade de se trajar como Maçom e desesperadamente distante do copo de cerveja.

Após a reunião e durante todos os dias seguintes: “Freedom”. E o álcool usado não é o gel.

Voltemos ao tema. Não há confinamento maçônico. Os Irmãos podem e devem estar unidos e reunidos. A tecnologia nos permite ver, ouvir e compartilhar estudos com os Irmãos, mantendo a união da Loja e respeitando a saúde dos Irmãos.

Muito simples de se concretizar. Existem vários aplicativos de reuniões. Basta, pelo grupo de whatsapp, o Venerável Mestre marcar a data e o horário e todos se conectam. Mas, há alguns detalhes a serem observados:

O primeiro e o mais importante: NÃO SE USA RITUAL DE GRAUS. Por que? Porque seria uma profanação, tendo em vista que não há garantias de estarmos 100% a cobertos.

O grupo, portanto, deve criar um ROTEIRO de reunião:

  1. Cada Irmão deve estar sozinho no ambiente e protegido das indiscrições.
  2. Não se fará uso de paramentos, sinais, palavras e mesmo jargões maçônicos.
  3. Antes da abertura dos trabalhos, uma palavra de reflexão irá nos harmonizar.
  4. Combina-se um gesto para que o Venerável Mestre permita o uso da palavra, evitando assim, várias falas ao mesmo tempo e a perda de conteúdo.
  5. Deve-se proibir assuntos polêmicos (principalmente política).
  6. Não há colunas, regiões, cargos, graus ou “autoridades”. A reunião é de IRMÂOS.
  7. Deve ter os objetivos de manter viva a chama da irmandade e o aprendizado constante.
  8. Momento do estudo: Por exemplo: O Venerável Mestre perguntará diretamente a cada Irmão o que ele compreende por virtude e, de maneira curta e objetiva, o Irmão responderá.
  9. Campanha de Solidariedade: Transferências eletrônicas podem ser feitas por qualquer celular e, sem dúvida, chegará o momento em que a Loja deverá socorrer algum Irmão desafortunado.
  10.  Além do horário certo para começar, também todos devem estar cientes que sua duração não pode ser longa. 40 a 60 minutos, no máximo.
  11.  Por não terem respaldo jurídico junto as Potências Maçônicas, não se põem em pauta assuntos deliberativos, que, necessariamente, devem ser tratados em reunião ritualística em grau........
  12.  Ao final, uma introspecção. Primeiro, para agradecer ao GADU pelo momento vivido e o desejo de que possamos, muito em breve, encontrar todos os Irmãos e familiares com plena saúde e em paz.

Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos ao estudo, reflexão e, principalmente, pelo momento em que vivemos, a fraternidade solidária entre os Irmãos.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG

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