Saudações, estimado Irmão!
O MAÇOM DEVE PREÇAR
Invariavelmente, o Maçom deve fazer suas preces. Mas, com esta afirmação não estarei eu a enveredar pelos caminhos perigosos de uma discussão religiosa?
Toda mensagem, oral ou mental, que dirigimos a um Ser extramaterial é uma prece. Indiferente de qual seja nossa orientação religiosa, a maioria das preces carrega em seu arcabouço ou uma graça ou um PEDIDO DE VIRTUDE.
No viés do pedido de virtude é que trataremos o artigo.
Provavelmente, todos nós, já tivemos contato com a Prece da Serenidade:
“Concede-me Senhor,
a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar,
coragem para modificar as que eu posso
e sabedoria para distinguir uma da outra.”
Alguns aspectos a destacar: Primeiro, que o texto acima, que é uma grande instrução para nós Maçons, é apenas uma parte da prece. Vou fracionar e negritar a prece e à frente colocarei minha interpretação.
Concede-me, (devemos colocar aí uma vírgula, uma pausa, como um início da religação, do sagrado)
Senhor, (neste momento reconhecemos nossa pequenez e humildade para com o superior)
a serenidade necessária (muito além do que se pede, devemos saber o quanto pedir)
para aceitar as coisas que não posso modificar, (a aceitação não é conformismo. Ela seletiva, para não nos tornarmos tolos diante da vida)
coragem para modificar as que eu posso (é preciso discernir sobre a nossa capacidade de agir, para não cairmos no absurdo da arrogância diante da vida)
e sabedoria para distinguir uma da outra (significa termos amplitude psíquica e espiritual para o discernimento. Isto é, a própria sabedoria)
vivendo um dia de cada vez. (aqui começa a segunda parte, o passado é só lembrança e pode não haver o futuro. O momento do agora é o grande presente da vida)
Desfrutando um momento de cada vez, (a vida é uma marcha continua, mas as pausas são necessárias)
aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz, (haverá sempre caminhos tortuoso e todos são de aprendizados, até o encontro da Luz)
considerando o mundo pecador como ele é, (clareza e consciência do que é e como se comporta o mundo externo)
e não como gostaria que ele fosse, (não perder de vista os propósitos e não se permitir uma desvirtuação interior)
confiando em Deus para endireitar todas as coisas (a quem confiamos os momentos extremos de nossas vidas?)
para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida (com o comedimento próprio dos maçons, não esquecendo a instrução da taça sagrada do juramento)
e infinitamente feliz contigo na eternidade. (Landmark 19 e 20)
QUE ASSIM SEJA!
Neste período de aprendizado que a pandemia tem nos imposto, a grande virtude que devemos suplicar ao Princípio Criador é SERENIDADE.
Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos ao estudo, reflexão e, principalmente, pelo momento em que vivemos, a fraternidade solidária entre os Irmãos.
Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG