O FUTURO DA MAÇONARIA

23 de Agosto de 2020

Saudações, estimado Irmão!

O FUTURO DA MAÇONARIA


Tema recorrente nas diversas atividades virtuais que ocorreram na semana passada, quando das comemorações da Semana do Maçom.

Muitos traçaram horizontes escuros e tenebrosos para a Maçonaria. Eu não posso concordar!

O maçom, romancista, poeta e estadista francês, Victor Hugo teve, literalmente, uma vida épica. Além de suas obras, o autor apresentava comportamentos que transbordam um pouco os bons costumes, mas usou o dom que o Criador lhe deu para proclamar os valores da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. Em uma leitura mais atenta do livro “les Misérables” percebe-se nuances maçônicas.

Apesar das conturbações sociais e políticas vividas na Europa do século XIX, acreditava-se que o futuro seria um grande momento; e assim o autor francês se manifestou:

O futuro tem muitos nomes. Para os fracos é o inalcançável, para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes é a oportunidade.”

Temer o futuro da Maçonaria é submetê-la aos restritos limites do que conhecemos da realidade. Temos certeza de que o declínio ou até mesmo “o fim da Maçonaria” foi proclamado durante as grandes guerras mundiais, durante as grandes crises econômicas, durantes os regimes ditatoriais e mesmo durante outras pandemias.

A justificativa foi sempre a mesma: impossibilidade da reunião presencial, dificuldades financeiras e a necessidade dos membros se dedicarem às atividades de sobrevivência. Apesar de tudo isto, a Maçonaria, sobreviveu.

Na evolução das espécies, das empresas e instituições, não foram os maiores, ou mais fortes, nem os mais sábios que sobreviveram às mudanças, mas aqueles que mais rapidamente se adaptaram às novas realidades. Nesta linha, Vitor Hugo acrescenta:

“Saber exatamente qual a parte do futuro pode ser introduzida no presente é o segredo de um bom governo.”

O momento que estamos vivenciando não é apenas um problema social, econômico, cultural. Ele é também uma realidade conjuntural do século XXI, portanto com começo, meio e fim. As atividades maçônicas desenvolvidas neste período são um salutar laboratório para as adequações necessárias aos labores maçônicos no período pós-pandemia e as necessárias adequações sociais, econômicas e de expansão de consciência pelas quais a humanidade está passando.

O “agora” exige de nós que sejamos como o Mestre ferreiro Tubalcaim. A “obra” deve ser mais resistente do que as obras de pedras. O leve malhete deve ser substituído pelo peso do mascoto. O trabalho deve ser “pesado”, “quente” e “barulhento”, para fazer jus à máxima do Irmão Victor Hugo:
 

“O PRESENTE É A BIGORNA ONDE SE FORJA O FUTURO.”
 

Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos ao estudo, reflexão e, principalmente, pelo momento em que vivemos a fraternidade solidária entre os Irmãos.


Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!


Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grande Primeiro Vigilante
GLMMG

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