A FORÇA DA ESCUTATÓRIA

29 de Novembro de 2020

A FORÇA DA ESCUTATÓRIA


No artigo número 769 tratamos da Escutatória Maçônica. A síntese do referido artigo é:

É MOMENTO DE OUVIRMOS A NÓS MESMOS! É O MOMENTO DO FALAR DA CONSCIÊNCIA! É O MOMENTO DE REVER ERROS E PLANEJAR ACERTOS!

Alertamos aos Irmãos sobre o isolamento na pandemia possuir uma dimensão salutar e uma oportunidade de estarmos mais próximos de nós mesmos. As mudanças em nossas rotinas nos colocam, por vezes, em momentos de silêncio, condição especialmente positiva para a audição dos próprios pensamentos.

Em um estudo imaginário da anatomia humana, descobrimos um sistema que faz a ligação das orelhas com as pernas. A princípio, acreditamos que esta estrutura fora criada pelo Grande Anatomista do Universo para a proteção do Homo Não Sapiens Nada e recebeu o nome de Forrest Gump. (Filme baseado no romance homônimo de Winston Groom. O personagem central, um homem simples e de boas intenções, em suas intermináveis andanças, acaba influenciando a cultura)

Ao ouvir o som dos predadores, nosso antepassado se punha a correr desesperadamente para o mais longe possível. Afinal, a grande meta de vida era manter a integridade física. E com razão, pois os toscos e brutos dinossauros eram terríveis, não sabíamos ler nem escrever e nossas ferramentas eram pedras brutas.

Com o passar dos anos e com a evolução natural da espécie, nos transformamos em Homo Quase Sapiens de Algo. A estrutura Forrest Gump sofreu uma considerável deterioração funcional, a partir da crença em uma superioridade no reino animal. Não havia mais o temor cego pelos fenômenos naturais, vivíamos em pequenas aldeias, aprendemos a falar e os instrumentos se tornaram cúbicos.

Atualmente, somos Homo Sapiens de Tudo. Desconhecemos fronteiras de raça, religião e línguas, vivemos em uma sociedade tão extensa, que chega a ser virtual, desabilitamos a inteligente condição de nos afastarmos dos inimigos por acreditarmos que somos fortalecidos pelos confrontos.

Afinal, aonde quero chegar?

AO ALERTA AOS IRMÃOS: MUITO ALÉM DE OUVIR,
COMO IREMOS REAGIR AO QUE NOS É TRANSMITIDO?


O chamado “Campo das Idéias”, tem se transformado em “Coliseu das Visões”. Não há mais intercâmbios de interpretações da realidade. Assistimos apenas a infrutíferos e estúpidos combates entre soldados da mesma tropa.

A esses militantes, desejo que Deus os abençoe e que sigam sua jornada pelos labirintos da vida. Mas, nosso foco de atenção se dirige ao grande número de Irmãos que escutam estes posicionamentos, visões, “achamentos”, promessas, pseudo-garantias do verdadeiro e acabam por desaprenderem dos valores da Tolerância, Compreensão, Respeito e Irmandade.

Retornemos, pois, à ancestralidade da nossa espécie. Quando ouvirmos o som estridente de manifestações calorosas e perniciosas, evitemos pactuar e, muito menos, participar desses momentos de fúria. Resgatemos o primitivo instinto de sobrevivência, ou seja, salvemos nossa integridade moral, “correndo” como Forrest Gump, para bem longe dos terríveis inimigos da Fraternidade Maçônica.

NÃO HÁ COMO FECHAR NOSSOS OUVIDOS, MAS AS PERNAS DO DISCERNIMENTO PODEM NOS CONDUZIR À EDIFICANTE E SEGURA ESCUTATÓRIA.
 

Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos ao estudo, reflexão e, principalmente, pelo momento em que vivemos a fraternidade solidária entre os Irmãos.


Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!


Fraternalmente

Sérgio Quirino

← Voltar para artigos