AFINAL, EXISTEM CHAVES NA MAÇONARIA?

11 de Abril de 2021


Saudações, estimado Irmão!

AFINAL, EXISTEM CHAVES NA MAÇONARIA?

 

Com certeza, sim. O símbolo é fundamentado na mística de que segredos devem ser guardados a sete chaves.

Para os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre, a chave não lhes é conhecida, nem como um elemento físico, tampouco simbólico. Somente os que se dispõem a aprofundar nos arcanos da Maçonaria conhecem, em grau secreto superior, a chave materializada em uma peça de marfim.

A chave é também símbolo milenar de divindades. Um exemplo é Janos, o deus romano de duas faces, que representa o princípio e o fim, a entrada e a saída. A iconografia o apresenta segurando uma chave.

O “princípio e o fim” representam também o “abrir” e o “fechar” portas que, por sua vez, entendemos como oportunidades.

A chave simboliza ainda o silêncio como o preservador de algo valioso; uma introspecção em direção ao espírito.

Sendo uma Ordem dedicada à promoção moral e ética de seus Obreiros, compreendemos inicialmente que tais valores não se referem a proposituras exclusivamente materiais. Eles estão estreitamente vinculados à espiritualização das nossas atitudes.

A “chave”, portanto, é Espírito. Mas, não o entendemos como uma entidade extracorpórea. Espírito aqui se refere àquilo que nos “inspira” e está diretamente relacionado a Virtude.

O “girar” da chave realiza o comprometimento com o que está firmado na Iniciação e as subsequentes oportunidades de evolução apresentadas a cada transpor de batentes das portas que se abrem à nossa frente. E assim vamos desvendando os arcanos da chave na Maçonaria.

Assim como o deus Janos, devemos “conduzir” a chave com a mão esquerda, lado do coração, como expressão do amor que deve existir em nossas metas.

Pelo símbolo deste deus com as faces voltadas aos opostos, devemos, antes de cada movimento, observar as possibilidades, com especial zelo em cuidar de que tal ação resulte em realidade justa e necessária.

Devemos também estar atentos à lembrança de que cada chave interage apenas e exclusivamente com uma fechadura. O “Grau” de complexidade da fechadura é o que diferencia “sinais” (marcas), “toque” (como segurar) e a “marcha” (giro) da chave.

Quanto maior o tesouro, maior será o cofre e mais complexo o sistema de segurança. Mas, em qualquer grau de complexidade, o que estará sempre presente e a frente é o homem. Assim é a relação da Maçonaria com o Maçom.

A MAÇONARIA NÃO NOS APRESENTA PORTAS FECHADAS.
ELAS ESTÃO APENAS CERRADAS.
                   COM A “CHAVE”, O MAÇOM PODE ABRI-LAS E SE LIBERTAR
OU TRANCÁ-LAS E PERMANECER INERTE.


Atingimos quinze anos de compartilhamento de instruções maçônicas. Nosso propósito fundamental é incentivar os Irmãos ao estudo, à reflexão e tornar-se um elemento de atuação, legítimo Construtor Social.


Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!


Fraternalmente

Sérgio Quirino
Candidato a Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024

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