MÃOS NA OBRA

27 de Março de 2022

Ano 16  Artigo 13  Número Sequencial 867  27 Março 2022


Saudações, estimado Irmão!

MÃOS NA OBRA!
 

Não há equívoco! É, de fato, Mãos NA Obra!!!

Quando usamos o jargão “Mãos à Obra”, queremos compartilhar a necessidade de se iniciar ou reiniciar um trabalho, uma missão, uma obra.

Nosso propósito é sensibilizar e conclamar os Irmãos aptos a frequentarem as festas de família, o boteco da esquina, clubes, repartições de trabalho, salas de aulas, supermercados, padarias, consultórios médicos, shopping e cinemas, para dirigirem seus pensamentos para a grandeza da nossa obra na Maçonaria.

Além, é claro, de dirigir também aos afortunados das viagens aéreas, de ônibus e de carros pelas praias paradisíacas e festivas cidades.

A conclamação “Mãos na Obra” é um alerta. Serve para nos lembrar que a obra já existe e esta obra é a Maçonaria. Começamos pela iniciação, uns chegam à elevação, outros à exaltação e, infelizmente, uns e outros se encaminham para a estagnação.

Para vencermos este período da pandemia foi necessário o isolamento no primeiro momento. Com o tempo veio a conscientização do distanciamento e incorporamos aos nossos hábitos os salutares procedimentos de proteção por máscara, álcool, atenção às medidas de higienização pessoal e ambiental e, enfim, as ações de imunização com a distribuição de mais de 450 milhões de doses de vacinas.

Sabemos que a guerra não acabou, mas as batalhas estão mais suaves; e só sairemos vencedores, se lutarmos. No nosso caso, o grande inimigo não é apenas o vírus, mas a zona de conforto que ele gerou com o advento das reuniões virtuais.

Sejamos sinceros: É muito cômodo e sedutor se sentar frente ao computador e participar de reunião de dentro de casa. Principalmente, se estivermos de chinelo de dedo, bermudão, esparramado num sofá, uma caneca de chá de cevada ao lado e a TV colocada atrás da tela do computador para acompanhar o jogo de futebol. É ou não é verdade?

Poderia ser um conto, um exagero ou piada se não isso ocorresse na realidade. O que mais nos entristece e preocupa é constatar essas situações entre Irmãos que alcançaram a plenitude maçônica.

Enquanto isso, aprendizes, companheiros e verdadeiros mestres não se reúnem, pois, apesar de se qualificarem como tais, há grupos que não se sentem mais à vontade para se reunir maçonicamente.

Amados Irmãos: Precisamos sim, retornar com os nossos labores presenciais. Podemos afirmar com toda precisão que o ambiente, a dinâmica dos trabalhos e o uso correto dos protocolos de segurança adotados tornam os Templos Maçônicos ambientes seguros e salutares.

A grande maioria das Lojas trabalha em Templos onde o número de Obreiros por metro quadro já é um distanciamento naturalmente salutar. O uso de máscara já faz parte do traje correto do Maçom em Loja; e todos nós temos consciência de que, no caso de apresentarmos sinais ou sintomas de qualquer doença, devemos ficar em casa.

Todos nós sabemos a força que nossa Ordem possui. Mas, se não retornarmos aos labores presenciais, corremos risco desta chama se sucumbir às trevas. Precisamos, imediatamente, nos encontrar, revisar as instruções e iniciar novos Irmãos.

MAÇONARIA É VIDA
E VIDA É PRESENÇA.

A TECNOLOGIA NOS PERMITE DESCREVER O QUE É UMA VELA.
VIRTUALMENTE PODEMOS VER A LUZ DESTA VELA,
MAS SOMENTE OS QUE A PORTAREM FISICAMENTE SENTIRÃO SEU CALOR.


Assim é a Maçonaria. Podemos ler, ver e ouvir instruções técnicas de forma virtual. Mas, desta forma jamais abarcaremos a dimensão sensorial da vivência maçônica presencial.
 

NÃO HÁ TÉCNICA DE FRATERNIDADE SEM AÇÃO FRATERNA.
TEORIA SEM PRÁTICA GERA ACOMODAÇÃO.
A ACOMODAÇÃO LEVA À ESTAGNAÇÃO.
DEIXAR-SE ESTAGNAR É VIVER MORTO!


Seguimos neste ­16o ano de compartilhamento de instruções maçônicas, porque acreditamos fielmente que um mundo melhor se constrói pela qualificação do artífice. Precisamos nos reanimar permanentemente para o bom uso do malho e do cinzel.


Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
 

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024

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