Saudações, estimado Irmão!

HÁ BORRACHA NA MAÇONARIA?

Não. Nada se apaga!

Esclarecemos que estamos tratando da borracha escolar, que apaga o que foi traçado pelo lápis. Hoje, com a tecnologia, ela está em esquecimento, mas já foi instrumento de trabalho indispensável em muitas profissões, principalmente engenheiros e arquitetos.

Elemento oculto na Maçonaria, a borracha possui forte simbolismo. Certamente, os Irmãos nunca viram uma borracha em um Templo, mas reconhecem que o lápis é uma ferramenta maçônica.

Da mesma forma como o oriente/ocidente, norte/sul, preto/branco, o lápis tem a borracha como sua companheira inseparável. No mundo profano, os dois objetos estão sempre próximos, às vezes, unidos na mesma estrutura.

Então, por que a borracha não está na caixa de ferramentas maçônica?

Vamos recordar a função do lápis. Constituído basicamente de um filete de grafite revestido de madeira, o designamos como instrumento utilizado para escrever, traçar e desenhar. Sua função é traçar planos e desenvolver pranchas de arquitetura, atividade explicita de pequenos e grandes arquitetos, que desenham a elevação e traçam os diversos planos e orientações para a edificação na construção da vida.

E qual é a função da borracha? Apagar as linhas traçadas pela mão do portador do lápis. Na grande obra de Deus houve alguma correção? Na criação, algum plano foi redesenhado? Nada foi apagado, pois foi traçado pelo Grande Arquiteto do Universo, principio criador e sabedoria suprema.

Criados a semelhança do Criador, somos Pequenos Arquitetos de um Universo particular. Simbolicamente, somos o lápis que “escreve” o nosso mundo e mantemos a consciência da impossibilidade de apagar o que já foi feito.
 

NÃO HÁ COMO USARMOS A BORRACHA.
PALAVRAS, SENTIMENTOS, PENSAMENTOS E ATOS
SÃO MARCAS INDELÉVEIS NA VIDA.

Por esta razão, não há borracha na Maçonaria, pois reafirmamos que é pelo traçado de nossa vida, com erros e acertos, é que, individualmente, prestaremos contas do nosso proceder às portas do Oriente Eterno.

Todavia, não devemos nos entristecer pela impossibilidade de apagar situações já ocorridas. O filósofo e editor norte americano, James Richard Sherman, em 1982 deixou para a humanidade uma grande instrução “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

Seguimos neste ­16o ano de compartilhamento de instruções maçônicas, porque acreditamos fielmente que um mundo melhor se constrói pela qualificação do artífice. Precisamos nos reanimar permanentemente para o bom uso do malho e do cinzel.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
 

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024