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VIVER É DIFERENTE DE EXISTIR. Esta máxima é de Lúcio Aneu Sêneca. Filósofo, escritor e político romano, defensor e adepto do Estoicismo, que viveu no IV século a C. Nesta linha, refletimos sobre os diversos sentidos de palavras que revelam valores, pensamentos e ações. No nosso meio é clara a expressão: SER MAÇOM É DIFERENTE DE SER INICIADO. A passagem por um cerimonial especial não nos torna especiais. Este episódio nos garante apenas uma oportunidade de participar de determinado círculo de convivência com aqueles que, de certa forma, também aspiram ser especiais. Às vezes, temos em nosso meio baixas dos que mal entendem o sentido de “ser especial”. Iludidos, acreditam e creditam à Maçonaria e aos Maçons a condição de ser ou se tornar um extraordinário. No passado não fomos, no presente não somos e no futuro não seremos extraordinários. Isto é real em razão da Maçonaria ser composta por homens, seres humanos imperfeitos. Os mesmos que constroem Templos à Virtude, à Paz e à Harmonia, se orientam para as Masmorras do Vício, da Guerra e da Ambição. A nossa particularidade como Maçom é ser especial quando nos é peculiar a conduta fraterna, que compreende a ética como uma qualidade especifica, típica e a defende pelo comportamento moral. Maçons não são apenas os que receberam propostas, preencheram fichas, apresentaram documentos, passaram por sindicâncias, sessões magnas e que aspiram tornar feliz a humanidade. Do outro lado, temos em nosso meio também os infelizes e desumanizados. MAÇOM SEM AVENTAL e Chegamos à especificidade do Maçom e da Maçonaria. Temos como características o comportamento peculiar no trajar, no linguajar e no contexto de nossos símbolos, que possuem significados particulares, muitas vezes, estereótipos desprovidos de valor essencialmente maçônico. “VIVER É DIFERENTE DE EXISTIR” A palavra “idiossincrasia” vem do grego idiosugkrasía, que significa “temperamento particular”. Nossa idiossincrasia é incorporar em nós que não basta ser Maçom, mas, praticar Maçonaria. É exatamente este temperamento que precisamos compreender. O simbolismo de nossas ferramentas são instrumentos reais de uma vida para ser vivida. Nossos Sãos Princípios não são conceitos, são preceitos e a ampulheta está a nosso favor. “Não dispomos de pouco tempo, mas desperdiçamos muito. A vida é longa o bastante e nos foi generosamente concedida para a execução de ações mais importantes, caso toda ela seja bem aplicada” (Sêneca) Seguimos neste 16o ano de compartilhamento de instruções maçônicas. Acreditamos fielmente que um mundo melhor se constrói pela qualificação do artífice. Precisamos nos reanimar permanentemente para o bom uso do malho e do cinzel. Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente! Fraternalmente Sérgio Quirino |
VIVER É DIFERENTE DE EXISITIR
18 de Dezembro de 2022