Saudações, estimado Irmão!

NOLUMUS LEGES MUTARI.

Essa expressão em latim costuma aparecer no final do 25º Landmark da lista de Albert Mackey, sendo provavelmente o segundo Landmark mais discutido nos grupos de estudo maçônico.

A Grande Loja Maçônica de Minas Gerais adota esta forma escrita:

“25 – 0 último Landmark é o que afirma a Inalterabilidade dos anteriores, nada podendo ser-lhes acrescido ou retirado, nenhuma modificação podendo ser-lhes introduzida. Assim como de nossos antecessores os recebemos assim, os devemos transmitir aos nossos sucessores. NOLUMUS LEGES MUTARI.”

O primeiro ponto é nos lembrarmos dos compromissos assumidos tocando o Livro da Lei e perante uma assembleia de Irmãos, quais sejam: Landmarks adotados, regras a serem cumpridas.

MAS.......não somos tolhidos de exercer o mister das conjecturas. Afinal somos Maçons Especulativos.

A primeira provocação é: A MAÇONARIA É CONSERVADORA OU TRADICIONALISTA?

É nessa idiossincrasia que encontramos os que se alvoroçam na imutabilidade para a preservação da Ordem, assim como os que aspiram à maleabilidade para o crescimento da Ordem.

Portanto, é de suma importância compreendermos que, sendo a Maçonaria uma Instituição Internacional, uma Ordem Mundial, uma Fraternidade Universal, é preciso que existam pontos em comum, a fim de que haja intercâmbios e reconhecimentos.

Façamos uma analogia em cima da paixão nacional: futebol. Em qualquer lugar do mundo, um time de futebol tem 11 jogadores. A partida ocorre em um campo retangular, há necessariamente a presença de um juiz, e a “missão” é marcar o gol. Esses são os “landmarks” futebolísticos, criados para que possam ocorrer os intercâmbios/campeonatos estaduais, internacionais e a Copa do Mundo.

Ademais, a cor dos uniformes não é padrão, a disposição dos jogadores em campo varia muito, e as jogadas são de mestre com sete ou mais passes. Contudo, há uma ritualística própria para entrar em campo, a exemplo da escolha do lado, que ocorre de forma peculiar. Enfim, um universo bem eclético regido por leis bem claras e rígidas.

É justamente por meio dessa analogia que vamos nos aproximando do que podemos e devemos fazer. Hoje os jogadores usam chuteiras high tech que aumentam sua performance, bem como os Maçons precisam procurar na tecnologia subsídios para seu melhor enlevo. Os campos de futebol ganharam iluminação artificial, tal como os templos ganharam ar-condicionado, tudo visando ao conforto dos envolvidos.

Todavia, não seria mais movimentado se usássemos sete atacantes, cinco meios-campos e três defesas, além, é claro, de dois goleiros, o em exercício e o past? Também só teria validade o gol que fosse marcado após três toques com o pé esquerdo, seguidos do avanço pelo lado sul, retornando ao centro e, antes do chute derradeiro, necessários seriam três “chapéus” nos adversários.

Tal propositura poderia até dar certo, mas não seria futebol. Teríamos criado um novo esporte.
 

ASSIM TAMBÉM É COM A ORDEM MAÇÔNICA. ADEQUAÇÕES E ADAPTAÇÕES SÃO NATURAIS E ASSIMILADAS TRANQUILAMENTE COM O PASSAR DOS ANOS.
O QUE JAMAIS SERÁ INCORPORADO SÃO AS MUDANÇAS NA MISSÃO!

OS VALORES MORAIS E ÉTICOS QUE RECEBEMOS DE NOSSOS MESTRES,
ASSIM OS DEVEMOS TRANSMITIR AOS NOSSOS APRENDIZES. ISSO É IMUTÁVEL!
 

Neste ­17o ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
 

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024