Saudações, estimado Irmão!
SEGUIR OS PRINCÍPIOS, NÃO OS HOMENS!
O que tratamos como “Maçonaria” foi idealizado e criado por homens que se basearam em princípios.
Nela englobamos os valores, o ritual, a ritualística, a administração e as estruturas materiais, das alfaias aos Templos.
NÃO HÁ PRINCÍPIO NA MAÇONARIA QUE NÃO TENHA UM PROPÓSITO!
Entre a Gênese e a Finalização, encontra-se o Maçom. Na gênese, constam as “verdades” ou o que chamamos de “juízos fundamentais”, que servem para nortear os labores para a concretização da missão.
As “verdades” ou os “juízos fundamentais” são preceitos universais e atemporais de todo grupamento humano. O mais interessante é que pode haver uma dicotomia total entre o fortalecimento de um princípio e sua ligação com o propósito.
Decerto, todos nós acreditamos no enlevo moral e, até mesmo, espiritual que possa ser alcançado pela lealdade, pela determinação e pela coragem, não é verdade?
Imaginemos a consubstanciação desses três princípios em um batalhão de polícia e em um bando de criminosos. O propósito está ligado a um crime: uns para o evitar/combater, outros para o promover/realizar. O que eles têm em comum é o homem.
Por isso o alerta sobre seguir os princípios, e não os homens, que podem deturpa-los.
Maçonaria tem normas e padrões de conduta que, infelizmente, são interpretados ou avaliados como “menores”, bem ao estilo de Nicolau Maquiavel, em que “os fins justificam os meios”. Dessa forma, faz crer que, se os objetivos forem importantes, qualquer atitude para atingi-los é aceitável.
Encontramos Aprendizes no “Control C + Control V” para aumento de salário; Companheiros querendo dispensa de interstício para ajudarem na Loja como Mestres. Assim, podemos exemplificar não a quebra do princípio, mas o afastamento do propósito.
O sábio Aristóteles pregoava que não nascemos com as virtudes morais. É pelo trabalho pessoal, individual, constante e habitual que incorporamos essa disposição da alma à pratica do bem.
Quando havia a Maçonaria Operativa, eram fundamentais o trabalho coletivo e a padronização do labor. Ao se transformar em Maçonaria Especulativa, a individualização da reflexão, do entendimento e da busca é “Conditio sine qua non” para o enlevo.
Cabe o compartilhamento das instruções, das alegorias, dos simbolismos, da liturgia de cargos e graus e o aprofundamento dos Sãos Princípios, sem traduções ou interpretações extrapessoais.
O que é a Liberdade?, O que é a Igualdade O que é a Fraternidade?
Quantas milhares de definições podemos encontrar e quantas outras milhares de deturpações podem nos ser apresentadas sobre esses princípios basilares.
Todavia há um caminho para o discernimento sobre tudo o que nos for apresentado. Não só na Maçonaria, mas em nossas atividades profanas, devemos colocar as “verdades apresentadas” na balança do “juízo fundamental”.
EM UM PRATO, COLOCAREMOS O QUE VEMOS OU OUVIMOS, NO OUTRO PRATO, A MORAL E A RAZÃO.
Neste 17o ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita.
Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024
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