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SUPERIORIDADE GRAUdual. Todos os Graus da Maçonaria são muito bonitos e possuem o mesmo valor de aprendizagem. Observando os nomes dos Graus, percebemos que cada um carrega uma mensagem, e não uma superioridade em relação aos demais. Pode parecer esquisito se pensarmos em uma Loja Simbólica. Afinal temos Aprendizes, Companheiros e Mestres e, de modo natural, vem-nos a ideia de que Aprendizes estão ali para aprender e Mestres, para ensinar. Isso TEORICAMENTE explicita uma superioridade. Tal concepção vai por terra quando constatamos que 90% dos trabalhos apresentados em Loja são feitos por Aprendizes e que há um grande número de Maçons que se dedicam exclusivamente à função de Mestre de Banquete Ad Hoc. Tudo se complica em razão da numeração. MATEMATICAMENTE, três é “mais” que dois, e a distância do 33 para o 1 então...... MAS OS NÚMEROS SÃO APENAS SEQUENCIAIS Ao tratarmos de “Grau”, devemos ter em mente sua condição de substantivo masculino, e não de adjetivo comparativo ou superlativo. Como Maçons Especulativos e sempre prontos aos questionamentos, proponho estas reflexões:
Assim, que respondam os “Eternos Aprendizes” e aqueles que galgaram o Grau 33 e compreenderam que o final é uma convocação ao início. Sem a menor sombra de dúvida, é obrigação de todos os iniciados completarem seus estudos. O Rito Escocês Antigo e Aceito é composto por 33 Graus, e só o apreenderemos por completo uma vez que recebermos as instruções de todos os Graus. Os estudos dos Graus não são para nivelar ou classificar alguém. Eles dão intensidade e apresentam, portanto, a real proporção do que seja o rito trabalhado. E sejamos sinceros: não é a capa, a editora ou o autor que confirmam a qualidade, a originalidade e a autenticidade do conteúdo. Façamos uma analogia com as faculdades de Medicina. A Faculdade de Medicina Antiga do Brasil (FMAdB) e a Faculdade de Medicina Antiga Brasileira (FMABr) são instituições fictícias de um mundo imaginário. Em um deles, há líderes que desconhecem o Grau de Pontífice e criam regras para seus formados, esquecendo que eles são Homens Livres e de Bons Costumes, tolhendo-lhes o exercício básico de exercerem o que aprenderam. Se não trabalharem nas e para as clínicas jurisdicionadas, perderão seus diplomas e poderão perder o registro no Conselho de Medicina Antiga (CMA). POR ESSA ALEGORIA, FICA FÁCIL ENTENDER QUE NÃO É POR MEIO DE TÍTULOS OU GRAUS QUE SE ALCANÇA A SUPERIORIDADE OU A SUPREMACIA. O Maçom deve entender que sua caminhada, seu progresso ou seu destaque não podem estar vinculados a uma instituição. Não é a faculdade que faz o bom médico, mas a dedicação dele à Medicina. O desenvolvimento moral e ético o faz se dedicar ao doente, e não à doença. É grato aos Mestres da faculdade, porém não se esquece da Tia Terezinha que, quando não sabia ler nem escrever, ensinou-lhe o soletrar.
Neste 17o ano de compartilhamento de instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita. Fraternalmente Sérgio Quirino |
SUPERIORIDADE GRAUdual.
26 de Novembro de 2023