Saudações, estimado Irmão!
QUAL É O MAIOR DOS VÍCIOS?
Essa, certamente, é uma pergunta capiciosa, que poderia resultar em comentários diversos, a favor ou contra as manifestações. Sobretudo por conta destas duas palavras: “MAIOR” e “VÍCIOS”.
“Maior” é um adjetivo que expressa superação de um sobre o outro, seja em número, grandeza ou intensidade. Do ponto de vista lexical, é uma realidade. Contudo, há as “realidades pessoais”: o que é muito/maior para uns, não o é para outros. Então, no âmbito maçônico, a avaliação do que é maior passa pelo discernimento impessoal de avaliarmos quais situações/coisas têm superioridade, positiva ou negativamente, dentro de um contexto específico.
“Vício”, para além da nocividade humana que essa imperfeição pessoal provoca nas relações sociais, maçonicamente, devemos nos atentar àquilo que pode nos aviltar como Irmãos e Obreiros, conduzindo-nos pela estrada da maldade.
Pode parecer incoerência pensarmos que, como Iniciados na Arte Real, trabalhando sob Sacros Princípios do Livro da Lei e instruídos por Sãos Princípios da Moral e da Razão, desviaremo-nos do bom caminho e nossa chegada será a um porto profano.
MAÇONARIA NÃO É UM VEÍCULO.
MAÇONARIA É UMA ESTRADA DEVIDAMENTE SINALIZADA.
NÃO IMPORTANDO AS CURVAS, OS ACLIVES E OS DECLIVES.
NOSSA CONSCIÊNCIA É O “VOLANTE”;
A VERDADE, O “FREIO”; E A JUSTIÇA, O “ACELERADOR”.
A Maçonaria nos dá os conhecimentos necessários para aperfeiçoarmos NOSSAS OBRAS. Porém, precisamos, de tempos em tempos, avaliar como nos conduzimos como OBREIROS.
Ações sem critérios são velas sem pavios, que se tornam atos estéreis.
Mas e sobre a pergunta tema?
Salvo melhor juízo, o maior de todos os vícios é não ser virtuoso. Quando permitimos que nosso coração seja sede apenas de nossos desejos, jamais nossos atos terão equidade e retidão. Se deixarmos de observar nossa conduta e assumirmos traços e caráter caprichosos, agiremos com ostentação e preferências.
A virtuosidade não é o combate aos vícios. O estudo e a prática dos princípios e dos valores morais e éticos, estes, sim, são as armas que, de modo consciente, temos e devemos usar, a partir do momento em que escolhemos seguir o caminho da Maçonaria, e não o do Vício.
Nossa virtuosidade se manifesta na bondade das ações naturais. Nada premeditado. Ser e fazer o bem de forma espontânea, sem interesses próprios, pois nossa missão está em prol do outro: tornar feliz a Humanidade.
Cabe a cada um de nós, em sua Câmara de Reflexão Interior, indagar-se: qual é o meu maior vício? Advindo dessa introspecção e da inexorável realidade de nossa condição humana, compete-nos dedicar nossa inteligência e nossos esforços, antes de combater o mal, a fazer o bem com Consciência, Verdade e Justiça.
2024, há 18 anos compartilho instruções maçônicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permaneço neste propósito para provocar a reflexão dos Obreiros sobre nossa Ordem. São visões pessoais, não são verdades absolutas, questione sempre o que lê. A verdade é aquilo que conseguimos vivenciar.
Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Grão-Mestre - GLMMG 2021/2024
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