MESTRE DE CERIMÔNIAS.

28 de Abril de 2025

Ano 19  Artigo 16  Número Sequencial 1.027   20 Abril 2025


Saudações, estimado Irmão!

MESTRE DE CERIMÔNIAS.


Talvez seja temerário, eu, como Mestre de Cerimônias da ARLS Presidente Roosevelt 025, escrever este artigo. Isso porque, de modo inevitável, irei expor meu amor pelo cargo. E não adianta tentar me corrigir, dizendo que seria “paixão pelo cargo”, pois............................ . Além de lentamente conseguir vencer minhas paixões, mas rapidamente submeter minha vontade, plagiarei o rei Roberto Carlos:
 

“Diferente da paixão
O amor é um sentimento
Está acima da razão
E do passar do tempo.”


Em âmbito físico, compreendemos amor como o sentimento de carinho e demonstração de afeto entre os seres. Todavia, do ponto de vista espiritual, o amor é uma emoção que nos leva a desejar e trabalhar para o bem e o sucesso de pessoas, locais e situações.

Há duas versões no Livro da Lei para 1 Coríntios 13:13: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade ou “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor. Mas por que isso?

Porque o cerne de ambas as traduções está no doar-se, e é isso que um Mestre de Cerimônias deve fazer em prol dos Irmãos e da Loja. Doar-se, entregar-se aos labores, servir.

Sendo a Loja um pequeno mundo, o Mestre de Cerimônias deve ser um homo universalis, que é um termo renascentista para designar uma pessoa bem-educada e que atua em vários labores.

Por ser um polímata, é mister que conheça o ritual, uma vez que, durante as cerimônias, sobretudo nas Sessões Magnas, deve estar atento ao cerimonial e, se necessário for, atuar dando suporte aos demais Oficiais e Dignidades.

PARA QUE TUDO OCORRA J&P, O MC DEVE ESTAR “UM PASSO À FRENTE”.


No Rito Moderno, a Joia do cargo é um triângulo equilátero, com um interessante simbolismo. É como se cada haste/lado representasse, ao mesmo tempo, a obrigação e o resultado do trabalho do Mestre de Cerimônias: Equilíbrio, Harmonia e União.

Já no Rito Escocês Antigo e Aceito, nossa Joia é uma Régua, e não Sapatos.

Neste ponto, entrarei em uma seara que pode causar certo melindre em meus pares Mestres de Cerimônias. Nós temos a prerrogativa de caminhar durante os trabalhos. Caminhar é percorrer um caminho. Todo caminho tem um lugar de partida e um lugar de destino. Todo caminhar tem um propósito.

Assim, o Mestre de Cerimônias não deve ficar andando pela Loja, colhendo assinatura com prancheta, distribuindo certificado de presença, levantando-se para cumprimentar visitantes.

Apesar das boas intenções, querendo ou não, ele desvia a atenção, quebra a harmonia, rompe o equilíbrio entre o que se fala e o que deveria ser ouvido, além de causar desconforto e quebra da união de propósito entre os presentes.

Triste, pesada, mas verdadeira a frase: “A estrada para o inferno é pavimentada de boas intenções”.
 

Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.

Convosco na Fé - Robur et Furor

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club

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