MESTRE DE BANQUETE

4 de Maio de 2025

Ano 19  Artigo 18  Número Sequencial 1.029   04 Maio 2025


Saudações, estimado Irmão!

MESTRE DE BANQUETE.


Zoroastro foi um profeta persa, nascido 700 anos antes de Cristo. Seus ensinamentos são a base da religião Masdeísta ou Zoroastrismo, que pode ser considerada a primeira religião monoteísta ética da humanidade. As grandes religiões da atualidade incorporaram ou adaptaram muitos de seus conceitos e dogmas.

O eterno dualismo dos aspectos que envolvem a sociedade promove o desequilíbrio na construção de uma humanidade mais feliz. A solução é, pois, trabalharmos para que o Bem esteja acima do Mal.

Nesse sentido, o que deve nos guiar é o triplo princípio de boa mente, boas palavras e boas ações, visto que é pela conduta moral que o homem pode elevar-se e sempre se colocar na condição de obreiro: “O que lavra a terra com dedicação tem mais mérito religioso do que poderia obter com mil orações sem nada fazer”.

Posto isso, como tais considerações se relacionam com a Maçonaria e com o nosso tema? Zoroastro iniciava seus trabalhos ao meio-dia e os terminava à meia-noite. Porém, antes de se despedirem, todos se reuniam em banquete.

Por quê? A resposta, todos nós sabemos! É no ambiente de comensais, de forma descontraída, sob os influxos de sabores, aromas e música, que nos desarmamos, relaxamos e consolidamos a fraternidade.

A Loja deve ter, sim, alguém responsável pelos “Banquetes”, e, sendo politicamente incorreto, escolham um Irmão gordinho – ele sabe das coisas. Brincadeiras à parte, é verdade! Assim como o Mestre de Harmonia deve ter experiências musicais, o Mestre de Banquete deve ter uma “bagagem” gastronômica para sugerir aos irmãos pratos e locais que colaborem para a missão da ágape que consolida a irmandade.

O Banquete Maçônico é, em âmbito histórico, uma sessão obrigatória de uma Loja Simbólica. O evento não é apenas para comer e beber, é uma atividade instrucional.

Sendo assim, é preciso esclarecermos alguns aspectos. O fato de se chamar Banquete Maçônico não se vincula ao que se vai “demolir”. Cada Loja dispõe de um determinado orçamento para o evento e dentro dele é que se compra o que será compartilhado entre os Irmãos.

Do ponto de vista profano, compreendemos banquete como uma refeição aparatosa, o que vai justamente em desencontro aos princípios maçônicos da humildade.
 

BANQUETE MAÇÔNICO É UMA REFEIÇÃO SOLENE,
FESTIVA, NA COMUNHÃO DE VALORES.


Cabe ao Mestre de Banquete estar atento às oportunidades para a formação de uma LOJA DE MESA: Equinócios e Solstícios, abertura e encerramento dos trabalhos da Loja durante o ano e o aniversário de fundação.

De fato, tudo dependerá de agenda e recursos financeiros, MAS UM VENERÁVEL MESTRE NÃO PODE PRIVAR A OFICINA, PELO MENOS UMA VEZ EM SUA ADMINISTRAÇÃO, DAS INSTRUÇÕES PASSADAS DURANTE O BANQUETE.

Sendo o Mestre de Banquete o responsável pela alegria causada pelos sentidos do paladar, do olfato e da visão, deve ter a sensibilidade de que um cafezinho ou , assim como biscoitinhos ou bolo, além de manterem despertos os Irmãos na Sessão, também servirão de instrumentos de aproximação e afago antes e depois da reunião.

A questão dos custos é facilmente equacionada e se, por questões de logística, o Mestre de Banquete ver-se impossibilitado de dispor o “lanchinho” para a Loja, algum fraterno Irmão poderá levar uma garrafa de café e, no caminho, passar em uma padaria, e esse bondoso Irmão não precisa ser gordinho.
 

Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.

Convosco na Fé - Robur et Furor

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Minas Gerais Shrine Club

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