Saudações, estimado lnnão!
SEGUNDO VIGILANTE
Antes de adentrarmos, de fato, no tema, é essencial que os Irmãos compreendam que as nuances e provocações à reflexão apresentadas neste artigo não qualificam ou desmerecem nenhuma forma de trabalhar os princípios maçônicos. A ÚNICA CERTEZA UNIVERSAL NA MAÇONARIA É A FRATERNIDADE. SÃO NATURAIS E COMPREENSIVEIS AS DIFERENÇAS DE RITOS E AS DIVERSAS FORMAS DE TRABALHAR O MESMO RITO. Sendo assim, o Obreiro deve praticar o prescrito no Ritual usado em sua Loja e manter a tradição adotada por sua Potência Maçônica. A provocação cerne que apresento é a seguinte: sendo o Segundo Vigilante o terceiro na hierarquia das Luzes de uma Loja, como pode ele ser o responsável pelo preparo dos futuros Mestres? A fim de ministrar as Instruções e argumentar sobre o Grau 2, é natural que se domine tudo o que envolva o grau anterior, ou seja, alguém mais preparado. É fato que não há como ensinar trigonometria se não se domina a aritmética. Assim, o Primeiro Vigilante cuida dos neófitos e, em breve, comandará os Mestres. A provável resposta será que o Segundo Vigilante é o responsável pela Coluna do Sul, onde se assentam os Companheiros. Nessa linha, o Primeiro Vigilante e os Aprendizes estão no Norte. Contudo, nem sempre é assim. Se a preocupação são as Instruções - a formação-, é necessário, então, o "olho no olho", em que o instrutor possa observar de frente o comportamento de seus pupilos. Assim acontece em alguns ritos, que respeitam a hierarquia das Luzes com a escalada natural dos graus. Aprendizes continuam assentados no norte, pois, até pouco tempo, estavam nas trevas, desejosos de Luz. Apesar de questionados, purificados e sagrados, ainda não estão preparados para a Verdadeira Luz. Desse modo, é conveniente que estejam, em âmbito alegórico, na parte menos iluminada do Templo, para que não fiquem ofuscados e, desde já, compreendam que, embora tenham chegado aonde chegaram, toda a glória do mundo é transitória e que se encontram sob a supervisão do Segundo Vigilante. A dificuldade de entendimento está nas frases nas quais aparece o "minha coluna", atribuindo "posse" aos Vigilantes delas. Assim, o Primeiro Vigilante tem "posse" sobre os Aprendizes, e o Segundo Vigilante tem "posse" sobre os Companheiros. No entanto, como ficam os Mestres sentados nas Colunas? Os Vigilantes não são donos das colunas. Junto com o Venerável Mestre, são responsáveis pelo andamento ritualistico dos trabalhos. O VM, de todo o oriente; o PV, da parte norte do ocidente; e o SG, da parte sul do ocidente. E ainda há ritos nos quais a posição dos Vigilantes é trocada. Importante esclarecer que quem instruí Aprendizes e Companheiros é o Venerável Mestre. Isso porque é ele, com ajuda dos Vigilantes e de algumas dignidades, que transmite as instruções contidas nos Rituais. OS VIGILANTES DEVEM ESTAR MAIS ATENTOS AO COMPORTAMENTO E AO COMPROMETIMENTO DE APRENDIZES E COMPANHEIROS, VISTO QUE É DE SUA RESPONSABILIDADE ENCAMINHAR O PEDIDO DE AUMENTO DE SALÁRIO. SE O FAZEM INDEVIDAMENTE, O QUADRO DE OBREIROS SE DETERIORA. Observando a joia do Segundo Vigilante (prumo), compreendemos o quanto devemos estar atentos às falas, posturas e ações dos recém-iniciados, dado que há sindicâncias malfeitas e disfarces comportamentais incoerentes com a retidão e a integridade de um verdadeiro Maçom.
Sérgio QUIRINO Guimarães Minas Gerais Shrine Club CNF - Robur et Furor