Saudações, estimado Irmão!
Retornando de Patos de Minas – MG,
me pus a pensar sobre o que torna o
TEMPLO MAÇÔNICO UM AMBIENTE SAGRADO
Consideremos o que seja um ambiente sagrado para nós. O que deve ser venerado; algo inviolável, respeitável e purificador do espírito.
O que torna algo sagrado, não é a coisa, o objeto ou o ambiente em si. O que sacralizamos é a interação de algo com o nosso Ser e do nosso Ser com este algo. Nesta simbiose profunda, frequentemente, propicia-se a possibilidade do Ser interagir com outro Ser, que se reconhecem na mútua sacralidade.
O Templo, este espaço sagrado, é o local propício para a manifestação interativa do pensamento, ou seja, incentivar a palavra falada e ouvida.
Reunimo-nos em Templos construídos de “pau e pedra” e materiais rústicos. Porém, os materiais selecionados são puros de origem para, simbolicamente, abarcarem em nós a honra e a glória do Eterno. Assim, no Templo, por meio da interação e do pensamento, nos aproximamos do que consideramos verdadeiramente sagrado.
Trabalhamos em um santuário (do Latim sanctuarium, de sanctus), não no conceito religioso, que seja um local para devoção, mas no sentido figurado, significando “o que há de mais sublime”.
“Estar em Loja” é se consubstanciar com o ambiente, compreender e trabalhar incansavelmente para que reine, constantemente, o espírito da concórdia e da amizade. Nosso dever em Loja é não permitir, pelo fanatismo, pela mentira ou pela discórdia, a profanação do Templo Externo e do Templo Interno.
Inicialmente, os pensamentos surgem na mente a partir de estímulos emocionais e sensoriais. Mas no Templo, nossos pensamentos e ações devem se adequar aos preceitos do Saber, da Razão, da busca da Verdade e da Moral.
Aquilo que na Maçonaria denominamos de Luz, a recebemos de herança dos Iluministas como um símbolo do Saber através da Razão. A ignorância, a obscuridade intelectual e o erro, desaparecem diante dessa Luz vinda do Oriente e que resplandece em nossas reflexões.
No Templo realizamos a conexão com o sagrado. Recebemos estas luzes por meio da consciência do livre pensar, do trabalho investigativo da Verdade e da sinceridade nas ações e nas orações.
Uma das mais belas simbologias da sacralidade de um Templo Maçônico é o Candelabro de cinco velas. Visualize a vela do meio como a Verdade, as velas da direita: Fé e Esperança e as duas da esquerda: Caridade e Tolerância.
Não devemos procurar o sagrado por medo. Muito menos, devemos combater o que não é sagrado. Mas devemos nos lembrar de que há muitos profanos desejosos de ver a Luz e que podem bater, estrondosamente, em nossa porta. Nossa melhor lição é dada pelo exemplo.
O Templo Maçônico deve ser para nós, um conjunto iconográfico de conexão com nosso divino. A leitura do Livro da Lei; nossos gestos; a visualização de símbolos e as reflexões especulativas das instruções devem promover em nós um engrandecimento individual, que nos proporcionará meios para colaborarmos no crescimento coletivo.
As Luzes que iluminam todos os Maçons e os estimulam a lutar em prol daqueles que sofrem os insultos da ignorância e da tirania são refletidas no Obreiro que é ciente dos atributos divinos da Justiça e da Equidade. O maçom as tem como guia na incerta senda desta perigosa e maravilhosa viagem a que chamamos de vida!
TFA
Quirino
Sérgio Quirino Guimarães
Delegado Geral do Grão-Mestre – G.’.L.’.M.’.M.’.G.’. 0 xx 31 8853-2969
quirino@roosevelt.org.br (assuntos maçônicos) / quirino@glmmg.org.br (assuntos ligado à Delegacia)
Ano 07 - artigo 36 - número sequencial 424
Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato. Quatro frases que transformam qualquer realidade negativa. Pratique!