A MAÇONARIA E O AMOR
Vários sentimentos norteiam os Maçons levando-os às práticas necessárias para consolidação, basicamente, em duas situações. A primeira, no campo individual, inspira-o a tornar-se “Justo e de Bons Costumes”. A segunda, o motiva a ser um “Construtor Social”
Estes sentimentos e práticas, muitas vezes estão explícitos, como a Fraternidade, a Fé, a Liberdade, a Esperança, a Temperança. Outros permanecem subentendidos, como o juntar de calcanhares, o bater no avental ou a repetição uníssona de palavras ou de frases.
Todavia, não encontramos uma alusão direta ao maior e o mais puro sentimento do Ser Humano: O amor - sentimento que condensa a Síntese Maçônica.
O AMOR É O SENTIMENTO QUE LEVA UMA PESSOA A DESEJAR O BEM A OUTRA PESSOA OU A UMA COISA. EM NOSSO VOCÁBULO: “TORNAR FELIZ A HUMANIDADE”
Erich Fromm, psicanalista e escritor alemão de grande importância no século XX, afirmava que o amor se faz por aprendizado, ao contrário daqueles que acreditam que ele “simplesmente acontece”. Para ele, precisamos compreender que, como nas outras “artes”, o amor deve ser aprendido, praticado até chegarmos ao grau da maestria.
Fromm completa que “O amor é uma atividade, e não um afeto passivo; é um "erguimento" e não uma "queda". De modo mais geral, o caráter ativo do amor pode ser descrito afirmando-se que o amor, antes de tudo, consiste em dar e não em receber.”
E o Irmão, ama a Maçonaria? Como Mestre, compreende o que seja este “erguimento”?
Se conseguirmos introjetar em nós a prática deste sentimento, ficará bem mais fácil vencer nossas paixões, submeter nossas vontades para fazer novos progressos na Maçonaria.
No Livro da Lei, na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, capítulo 13, há sábias instruções às quais recorremos.
1 – Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse o amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. (Ainda que o Maçom conhecesse todos os rituais e graus, e não tivesse amor, seria como um porta-medalha que apenas enfeita)
3 – E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. (O Maçom contribui com o óbolo por amor)
8 – O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; (Toda estrutura, uma hora muda, mas não o principio, o amor)
13 – Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
Este artigo foi inspirado no livro “A FÉ E A RAZÃO DOS LIVRES PENSADORES” do Irmão João Alves da Silva que na página 107 resume: “Na hierarquia axiológica, o amor é um valor de força agludante sobre os demais valores, que os motiva e inspira.”
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.Fraternalmente – Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG