COMPARTILHAR O ALIMENTO

16 de Abril de 2017

Saudações, estimado Irmão!
COMPARTILHAR O ALIMENTO


Nos Graus Simbólicos dos labores maçônicos, todos nós conhecemos ou, pelo menos, já ouvimos falar do Banquete Maçônico realizado, preferencialmente, nas celebrações dos solstícios e equinócios.
No Rito Escocês Antigo e Aceito, há uma cerimônia específica voltada ao Compartilhamento do Alimento. (Faz-se necessário destacar que o Irmão deve ter em mente, que estas cerimônias não se destinam ao empanturramento ou ao embebedamento.) Os excessos na comida e na bebida são vistos por nós como vícios, pois o avilta o Maçom, arrastando-o para o mal e degradando seu corpo e seu espírito.
Na tradição Maçônica, na quinta-feira que antecede à Sexta-Feira da Paixão, os Cavaleiros Rosa-Cruz (Grau 18) retornam ao local onde foram investidos de suas armas, para reencontrar os Irmãos, trazer experiências, noticias e honrar os Irmãos que tombaram em combates e iniciar novos Cavaleiros. Em seguida, finalizam o evento com um ágape, ocasião em que reafirmam seus votos e compromissos.
Esta cerimônia chama-se Endoenças. A Maçonaria a incorporou aos seus labores, graças à influência da cultura Judaico-Cristã, pois na quinta-feira que antecedeu à sua crucificação, Jesus ceou com seus discípulos. 
Na ceia, Foram servidos o pão, o vinho e o cordeiro, seguindo a tradição judaica do Sêder de Pessach, que remete à décima praga do Egito, na qual, para levar os primogênitos dos egípcios, o anjo da morte entraria nas casas que não estivessem marcadas com o sangue de um cordeiro puro nas portas. 
Indiferentes de datas, graus ou locais, nós Maçons devemos ter em mente que as atividades festivas com nossos familiares, ao redor de uma mesa de alimentos, são oportunidades de exercitarmos nossos labores.
Sentar lado a lado, servir o prato, contar uma história, relembrar um ente querido, ter atitudes refletidamente comedidas, esta é a verdadeira Páscoa. E ainda, transmitir aos mais novos os valores contidos no consumo inteligente dos alimentos e na constante lembrança de que devemos alimentar aquele que tem fome.
Não é só o “pão” (matéria) que deve ser compartilhado! O amor e todo bom sentimento devem nutrir nosso espírito para que ele frutifique em vibrações de bondade e beleza.
O “vinho” mata a sede. O mundo está sedento, mas não apenas de líquidos. Precisamos expandir nossa consciência e aprender mais para poder ensinar pela palavra e pela atitude.   


A PÁSCOA É, PARA O IRMÃO, UMA OPORTUNIDADE ESSÊNCIAL DE RENASCIMENTO.
 PARA SACIAR A FOME DO CORPO E DA ALMA DOS IRMÃOS, INICIADOS OU NÃO, DEVEMOS APRIMORAR A MATÉRIA E O ESPÍRITO, COM O ÚNICO PROPÓSITO DE POTENCIALIZAR A ESSÊNCIA DO CRIADOR NA CRIATURA.


A VIDA PLENA NADA MAIS É DO QUE COMPARTILHAR.

 
Este artigo foi inspirado no livro “CAVALEIRO ROSA-CRUZ VOLUME 2 * GRAU 18º” do Irmão Denizart Silveira de Oliveira Filho que na página 239 instrui: “Porém, a ceia Rosacruciana distribui a nutrição que simboliza o sangue e o corpo de todos os Cavaleiros presentes, para que as forças da Vida sejam aumentadas; a inteligência seja sã e sincera e que a Verdade seja discernida e as aspirações esclarecidas ante o Grande Arquiteto do Universo.”


Fraternalmente  Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG

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