Saudações, estimado Irmão!
HOMEOPATIA MAÇÔNICA
 

Os desvios da ética e da moral são padecimentos (doenças) que acometem a alma e o espírito.
Não há matéria justa e de bons costumes, se estiver misturada aos agentes patológicos da inveja, da soberba, da vaidade e da arrogância, que a corroem em seu âmago.
A mais nefasta das patologias maçônicas é a ignorância. Não se refere, aqui, à brutalidade, intempestividade ou violência. Mas, à ignorância do estado de espírito de quem não se percebe na existência compartilhada com algo mais, além do próprio umbigo. É a carência de percepção dos valores que nos regem e das pessoas que estão a nossa volta.

 
Todos nós vivemos um processo de aperfeiçoamento com fundamentos em:

ESTUDAR – EXPERIMENTAR – ENTRONIZAR (incorporar algo à vida)

 
Nossos estudos e práticas estão velados em símbolos e alegorias. Os véus são descortinados aos poucos, à medida da graduação. Infelizmente, não é sempre que nos lembramos que o galgar precisa ser no seu tempo, no seu ritmo próprio. Não há o galgar maçônico sem a necessária complementação dos “3 E”  (estudar/experimentar/entronizar).
Comendas e diplomas de graus não são atestados de boa saúde moral e ética e não nos imunizam do Vicio. Pelo contrário, podem até sugerir que nos reconheçamos como doentes terminais e que precisamos de um tratamento intensivo 
No combate às doenças, há duas abordagens sobre manutenção da saúde: A Medicina Alopatia (convencional) e a Homeopatia.
Façamos um exercício de analogia no simbolismo maçônico especulativo:
Se a Maçonaria fosse uma forma de tratamento de padecimentos, seus remédios seriam concentrados ou diluídos? Tratamento em dose única ou fracionado?
A própria divisão em graus, a repetição de instruções, o mesmo símbolo sendo usado em tempos e circunstâncias diferentes, já nos trazem a resposta. Maçonaria é um tratamento homeopático.
Não adianta ter pressa, desejar mais e mais (fora do tempo) e temer a doença. Tudo que avilta o homem já está dentro dele.
O ritual é bem claro. Não acabamos com o vicio, não o extinguimos. Devemos salvaguardar nossa “saúde” e colocá-lo em masmorras para lá mantê-lo!
A manutenção da “saúde maçônica” se dá pelo “similia similibus curantur” (semelhante, pelo semelhante se cura). Isso vai além do aprender sobre a Virtude e a ela levantar Templos. Não podemos desviar nossa atenção daquilo que nos avilta.

A CADA DIA, DEVEMOS OBSERVAR ATENTAMENTE
NOSSOS DESVIOS E DESACERTOS.
ELES ATIVAM O NOSSO SISTEMA IMUNOLÓGICO MORAL.
A RECEITA DA MAÇONARIA HOMEOPÁTICA É SIMPLES: GOTAS DE ENSINAMENTO,
DILUIÇÕES DE BOM COMPORTAMENTO E GLÓBULOS DE DISCERNIMENTO.

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.

Fraternalmente, Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG