Saudações, estimado Irmão!
PRECISAMOS ESPIRITUALIZAR OU MATERIALIZAR?
Quando nos são apresentadas as características da matéria e do espírito, acabamos por tender a comentários ricos em oposições, que podem passam a falsa ideia de rivalidade e de incauta falta de compatibilidade.
Acreditamos que somos “Pedras Brutas” e, com o uso do Malho e do Cinzel, nos tornaremos “Pedras Cúbicas”. Lamentavelmente, não é esta a realidade
NÃO SÃO OS INSTRUMENTOS QUE PRODUZEM EM NÓS A TRANSFORMAÇÃO,
MAS, SIM, NA NOSSA INTERAÇÃO DO ESPÍRITO COM A MATÉRIA.
O pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, Michelangelo assim se expressou:
“Em cada bloco de mármore vejo uma estátua; vejo-a tão claramente como se estivesse na minha frente, moldada e perfeita na pose e no efeito. Tenho apenas de desbastar as paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros olhos como os meus já a vêem.”
Portanto, já existe uma “Pedra Cúbica” dentro de cada VERDADEIRO MAÇOM. Não há que se pensar na transformação do “Bruto”, mas na liberação dos limites do esquadro.
Ao destacar a condição de VERDADEIRO para o Maçom, reafirma-se que nem todas as pedras suportam o polimento. Mas todas (e todos) têm a sua função na sociedade, mesmo como pedras brutas. Assim, nem todos os que passam por Sessões Magnas, são “iniciados”, “elevados” ou “exaltados”.
Esta alegoria da Pedra Cúbica dentro da Pedra Bruta nos incita a um questionamento:
Somos uma matéria impulsionada pelo espírito, ou um espírito preso à matéria?
No livro “DA SALA DOS PASSOS PERDIDOS À CADEIRA DE SALOMÃO” o Irmão Arabutan Alves Marinho, na página 113, sentencia “A matéria é, portanto, um instrumento físico compatível com o mundo em que estamos inseridos, que serve ao Espírito para sua jornada evolutiva”
PRECISAMOS ESPIRITUALIZAR OU MATERIALIZAR?
MAÇONICAMENTE, PRECISAMOS CONSUBSTANCIAR A PEDRA BRUTA COM A PEDRA CÚBICA, A MATÉRIA COM O ESPÍRITO E O MAÇO COM O CINZEL. SOMENTE COM ESTA INTERAÇÃO ATINGIREMOS, NATURALMENTE, A CAPACIDADE DE DISCERNIR O BEM E O MAL E A NOSSA REAL MISSÃO COMO MAÇONS.
Neste décimo primeiro ano de compartilhamento de instruções maçônicas mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.
Fraternalmente
Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG