chama votiva

1 de Agosto de 2017

                        Saudações estimado Irmão!
Sobre a
CHAMA VOTIVA

Este elemento simbólico não é encontrado em todas as sessões. Ele teve sua forma, localização, nome e simbolismo trocados ou adaptados a cada versão de rituais.
A essas mudanças não cabem simples críticas “pelo novo” ou pelo “antes era mais bonito”. Questionamentos, legítimos ou não, podem e devem ser direcionados aos seus responsáveis, e, principalmente, embasados em argumentos, sejam pró ou contra.
Em tempos remotos, a Chama Votiva ou Luz Votiva era, comumente, pendurada na parede do fundo do Oriente. Havia também ligações alegóricas com a mesma estrutura no Altar Mor das Igrejas e no Tabernáculo.
Tempos depois, vemos rituais, onde a Chama Votiva ficava sobre o altar do VM, ou como uma vela única ao lado do Altar dos Perfumes. Houve aqueles que compreenderam que seu simbolismo seria preservado como “Pira do Fogo Sagrado”. São divagações de pouca fundamentação e sem respaldo histórico, místico e esotérico. 
De inspiração desde o sagrado religioso ao culto pagão, a Chama Votiva é mais conhecida hoje como Lâmpada Mística e não fica pendurada no centro do ocidente, mas todo Respeitabilíssimo Obreiro sabe onde e quando ela deve ser acessa.
Qual é e para quê o seu simbolismo? Resgatamos o significado da palavra Votiva.
Trata-se de um adjetivo designativo “do voto” ou a ele relativo, um oferecimento em cumprimento de voto firmado.
Indiferente de ser ou não um Venerável Irmão, o Maçom deve compreender que o ato de acender um pavio deve ser precedido de um pensamento ou de sentimento de conservar a “Luz” a que se destina aquela chama acessa. 
Pode ser o desejo da aspersão vibracional de Beleza, Força e Sabedoria ou, em determinadas situações, a lembrança de um Grande Mestre. Ao visualizar a chama, reafirmarmos nossos compromissos ou votos, com os preceitos e ensinamentos transmitidos pelos que nos antecederam e que constituem e exaltam a nossa Sublime Ordem.

CADA MESTRE É UMA CHAMA E SÃO SEUS VOTOS QUE O ILUMINAM.

Este artigo foi inspirado no livro FUNDAMENTOS DA RITUALÍSTICA MAÇÔNICA, do Irmão Pierre Fontaine, que na página 177 instrui sobre a Chama Votiva: “A concepção mais primitiva é a encontrada no pensamento de F. Coulanges, que descreve um fogo sagrado presente em cada família, como sinal do deus familiar, o deus Lar – o conjunto dos antepassados -, posteriormente substituídos pelo Deus Único.” 
Neste décimo primeiro ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.

Fraternalmente
Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG

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