"POR QUÊ SE VAI À LOJA?"

25 de Setembro de 2017

Saudações, estimado Irmão!

“POR QUÊ SE VAI À LOJA?”

 

Provavelmente, a esta pergunta virão respostas, cujo cerne está no individualismo. Por um lado, as ritualísticas (vencer minhas paixões); por outro, as sociais (ágapes após as reuniões).

Há um imensurável equivoco quando acreditamos que o tamanho de uma Loja se dá pela estrutura física ou pelo número de Irmãos, o que a torna “Grande” ou “Poderosa” é o comprometimento dos Obreiros.

Observe que há uma diferença sutil entre Irmãos e Obreiros. Irmãos são todos os que, por condutas maçônicas, são reconhecidos como tal, Obreiros são aqueles, que nos instruem e inspiram, por suas condutas maçônicas, a nos tornarmos Irmãos.

Sendo um trabalho coletivo, as sessões só alcançam a plenitude nas três esferas (física, mental, espiritual) se cada um dos presentes mudar a atitude passiva de participante para a conduta ativa de participe.

A mudança está na troca do que “vou ganhar ao ir à Loja”, para o que “vou oferecer à Loja”.

Condutas simples, apenas o cumprimento da missão! Como, por exemplo: O Irmão Mestre de Harmonia deve ir com o propósito de colocar as músicas adequadas, no momento certo, na altura correta.

O Mestre de Cerimônias deve organizar o cortejo, ficar atento a estruturação dos Cargos, conhecer suas falas, circular no Templo somente nos momentos necessários.

Os Diáconos devem ser realmente portadores da palavra com a devida ritualística. O Chanceler deve receber e observar os Irmãos visitantes. Enfim, cada um deve incorporar seu cargo.

No caso das Luzes, a conduta é muito mais sutil. Vigilantes devem estar vigilantes quanto ao comportamento e principalmente, ao semblante de seus “comandados”. Ocupar uma das vigilâncias é pré-requisito para ser o líder maior da Loja, portanto, é com esta preocupação que ele vai se formando e conhecendo seus Irmãos e futuros colabores diretos.

Da mesma forma, ao se preparar para ir a Loja, o Venerável Mestre deve compreender que o mínimo, e provavelmente, com menor valor é o de dirigir os trabalhos, no sentido de ler o ritual. Sentar-se na cadeira mais alta do Templo é a alegoria que a ele cabe ver tudo que se passa e exercer ações que resultem no sucesso do grupo.

Aos Ex-Veneráveis, a missão não acabou.  Possuem apenas duas grandes obrigações de moral maçônica. Primeira, se já dirigiram os trabalhos das Lojas, conhecem bem os Rituais e as demais funções, sendo assim, devem estar sempre à disposição do atual Venerável Mestre para ocuparem cargos, afinal, eles continuam sendo Obreiros da Oficina .

A segunda é trabalhar para a manutenção da harmonia dos trabalhos. Eles devem ir para a Loja vibrando positivamente. Sendo o esteio do Venerável deve aconselhar, não intervir, evitar comparações e ,principalmente, auto-elogio, incompatíveis com princípios de humildade e do propósito de “vencer minhas paixões”.

 

Se todos nós, formos para a Loja com o propósito de servir, sairemos todos bem servidos.

 

O TODO É SEMPRE MAIOR

QUE A SOMA DAS PARTES.

 

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.

 

Fraternalmente      Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG

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