Saudações, estimado Irmão!
A LIBERDADE SATREANA DA MAÇONARIA
Pregamos e divulgamos a tríade Liberdade – Igualdade – Fraternidade, muitas vezes, mais como um slogan publicitário do que com o verdadeiro propósito da Ordem.
As palavras são compreendidas no nível semântico, mas podem perder a profundidade filosófica e a sua diretriz doutrinária.
“Liberdade” é descrito nos dicionários como:
“- grau de independência legítimo, que um cidadão, um povo ou uma nação elege como valor supremo, como ideal.
- conjunto de direitos reconhecidos ao indivíduo isoladamente ou em grupo, em face da autoridade política e perante o Estado; poder que tem o cidadão de exercer a sua vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei.”
Perfeitamente aceitável como definição. Porém, ao Maçom, assim como instrumentos, figuras e objetos vão alem de sua definição, as palavras também encerram em si um propósito de conduta.
A propositura libertária maçônica se acerca de três sentimentos, ainda que possam parecer estranhos aos Irmãos, são reais e realmente nos levam a lutar pela Liberdade. São eles: a CONSCIÊNCIA, a ANGÚSTIA e a RESPONSABILIDADE.
A Liberdade proposta em nossos princípios não é o EU POSSO e sim EU DEVO, pois ela não diz direito a nós mesmos, mas ao dever que devemos a sociedade.
Por meio de nosso sistema de valores morais que age, mais ou menos, de forma integrada na aprovação ou reprovação das condutas, atos e intenções próprias ou de outrem, combatemos a tiraria e os erros, ao mesmo tempo em que submetemos a nossa vontade pelo progresso coletivo. (CONSCIÊNCIA)
A ANGÚSTIA é mais do que o estado de ansiedade e inquietude. É o sentimento que abarca um coração bem formado, quando se vê na impossibilidade de socorrer os desprovidos de recursos e aqueles que foram usurpados do direito de expressar suas aspirações.
Ao prestarmos nossos juramentos, nos comprometemos com uma série de ações para com o outro, seja ele Irmão ou não. Temos assim RESPONSABILIDADES a serem cumpridas. Nossas palavras e ações em defesa da Tríade Maçônica devem ser feitas sem sofismas, sem equívocos ou reserva mental, pois se assim não agirmos, os Homens de Bem verão em nós um ser sem honra e sem dignidade.
Jean-Paul Sartre (1905/1980) foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante da corrente filosófica do Existencialismo. Ensinava ele que O QUE DISTINGUE O HOMEM (MAÇOM) DOS DEMAIS SERES (PROFANOS) É NÃO SER TUTOR APENAS DE SEU PRÓRIO DESTINO (DIREITO/INDIVIDUO), OU SEJA, SUAS ESCOLHAS DEVEM SER BENÉFICAS TANTO PARA SI QUANTO PARA OUTREM (DEVER/SOCIEDADE). (grifo meu)
Fraternalmente
Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG