Saudações, estimado Irmão!
MAÇOM FARISEU
Inicialmente, alertamos que não trataremos aqui de texto crítico, pois nossa natureza humana, em determinados momentos, nos conduzirá a atitudes “brutas” que sobrepujam as “polidas”.
A tentativa é de provocar a reflexão e a consciência sobre a diferença entre ser Maçom e ser membro da Maçonaria.
Os Fariseus eram um grupo de judeus devotos à Torá, surgidos no século II a.C. Criaram a “Lei oral” em conjunto com a “Lei escrita”, em que se colocavam na condição de “separados” e com pseudo-status da “verdadeira comunidade de Israel”. O sentido pejorativo do termo foi exposto pelo Cristo como uma contradição da grande santidade exterior em contraposição à malignidade dos pensamentos e sentimentos.
Assim, compreendemos que o conhecimento das leis, normas, procedimentos, rituais e instruções se dão no plano de subsídios para a representação de um título e, infelizmente, não como subsídios para atuação e reconhecimento.
LAMENTÁVEL É A DEVOÇÃO FINGIDA QUE ENCONTRAMOS EM NOSSO MEIO.
Esta realidade, percebida em qualquer segmento da sociedade deve servir de alerta em nossos labores. Temos nossas “Leis escritas” e a inclusão de “Leis orais”, que as Lojas e Irmãos as chamam de “usos e costumes”. São deturpações, muitas vezes calcadas na conivência com o erro, travestida de incompreensão da verdadeira tolerância maçônica.
São três os comportamentos que nos afastam da condição de Fariseu:
O Maçom, antes de procurar ensinar, deve praticar aquilo que já aprendeu.
Suas ações exteriores devem ser reflexos de seus impulsos do coração.
As mesmas regras e leis que criou, são observadas tanto para si como para o Irmão.
Ser Maçom Fariseu é viver no engano, no fingimento, na hipocrisia, que, como tal, é claramente reconhecido pelos Irmãos.
O PRIMEIRO PASSO PARA ABANDONARMOS A HIPOCRISIA É ADMITIR A PRÓPRIA FALIBIDADE. A HONESTIDADE CONOSCO ALIVIA E ABRE AS PORTAS DA HUMILDADE, QUE TRAZ CONSIGO O AMOR E O VERDADEIRO RESPEITO DOS IRMÃOS.
Este artigo foi inspirado no livro “INSTRUCIONAL MAÇÔNICO” do Irmão Tito Alves de Campos que na página 49 ensina: “O vácuo entre a especulação e a operação na busca individual ou coletiva da Verdade constitui espaço fértil onde medra a hipocrisia”.
Neste décimo primeiro ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.
Fraternalmente
Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG