Saudações, estimado Irmão!
OBRIGAÇÕES DO APRENDIZ
(e de todos nós)
A expressão “Livres e de Bons Costumes” tem servido a alguns Irmãos como justificativa para suas condutas. O exemplo mais comum é quando a assembleia da Loja delibera por votação alguma ação e o Irmão que viu seu pleito vencido, invoca o preceito de “ser um homem livre” e assim não colabora com o que foi votado.
A distorção é clara e a falta de espírito coletivo notória. Se a realidade, seja ela financeira, temporal ou conjuntural impede o Obreiro de participar da ação/projeto da Loja, ele mesmo deve expor aos Irmãos de maneira clara e franca a sua situação, colocando seus limites de contribuição ou substituindo sua forma de colaboração/participação.
O “Não” pelo “Não” é simples intolerância ou orgulho. Inimaginável, mas real o pensamento do NÃO “submeter minha vontade”.
Atualmente, vivemos a ditadura do politicamente correto, que nos faz tecer ou não algumas manifestações para evitar melindres.
Em nossa Sublime Ordem, a obrigação não é vista como fator opressor. As obrigações não são impostas por autoridades ou superiores hierárquicos. É uma disposição pessoal para aquilo que é ou se torna necessidade moral do Maçom.
Nossas obrigações são descritas nos rituais pelas instruções e juramentos. Portanto, nada mais são do que o cumprimento da palavra dada, da firmeza no preceito, no compromisso com a Lei, além da incumbência da boa moral e o ofício da ética.
Se não houver regras e organizadores dos trabalhos, o caos é implantado em quaisquer sociedades. Todos nós conhecemos alguma família onde os pais não assumem suas obrigações e quantos são os problemas gerados para todos ao redor.
Da mesma forma, cada OBREIRO indiferente de cargos ou graus não pode ultrajar-se não cumprindo com seus compromissos e juramentos.
No Livro COMENTÁRIOS AO RITUAL DE APRENDIZ, VADE-MECUM INICIÁTICO do Irmão Nicola Aslan, nas páginas 259 e 260 aprendemos a seguinte instrução: “É necessário destacar também algumas entre as obrigações a que se submeteu (o Aprendiz) antes de receber a Luz, e que são da maior importância, a saber:
CALAR DIANTE DOS PROFANOS
INVESTIGAR A VERDADE
QUERER A JUSTIÇA
AMAR OS iRMÃOS
SUBMETER-SE À LEI.”
Neste décimo primeiro ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.
Fraternalmente
Sérgio Quirino – Grande Segundo Vigilante – GLMMG