PÁSCOA E RENASCER MAÇÕNICO
A celebração da Páscoa na tradição cristã ocorre no primeiro domingo após a Sexta-Feira da Paixão. Descartamos, aqui, as interpretações profanas e comerciais desta celebração.
Em uma concepção religiosa e simbólica, a designação mais adequada é Domingo da Ressurreição.
A oração católica do Credo sintetiza este momento: “Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.”
A ritualística cristã do Domingo da Ressurreição representa o poder do Filho de Deus em ressurgir, ressuscitar ou retornar da morte à vida.
Mas, os Maçons, também, não são filhos de Deus?
Sim, mas não com uma evolução necessária para se vencer a morte, mas com a disposição de combater, em vida, o que leva a ela.
Não tratamos apenas da inevitável extinção biológica, mas, da moral, da ética, dos bons costumes, enfim, da vida e do viver, que podem ter seu tempo reduzido se perdermos a consciência de que somos o resultado de nossas ações e pensamentos.
Está claro, que nenhum Maçom vai ressuscitar, mas temos a obrigação diária de renascer.
O RENASCER MAÇÔNICO É O GERMINAR-SE A CADA INICIAÇÃO, É O RENOVAR SEUS VOTOS DIANTE DA AMADA, É REJUVENECER PARA ACOMPANHAR SEUS FILHOS, É REAPARECER À DISPOSIÇÃO DA LOJA, É NASCER DE NOVO COMO IRMÃO PARA SEUS IRMÃOS E, PRINCIPALMENTE, CORRIGIR-SE PARA SER PROTAGONISTA DE MUDANÇAS NA SOCIEDADE.
Este artigo foi inspirado no livro “RITO ESCOCÊS RETIFICADO – MAÇONARIA CRISTÔ cujo autor é o Irmão Ricardo de Souza Uchôa que na página 123 transcreve a síntese do pensamento do Mestre Jean Baptiste Willermoz: “Maçom! Se alguma vez duvidares da natureza Imortal da tua Alma e do teu alto destino, a Iniciação não terá frutos para ti. Deixarás de ser o filho adotivo da Sabedoria e serás confundido na multidão dos seres materiais e profanos que tateiam nas trevas”.
Neste décimo segundo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudos das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônico.
Fraternalmente
Sérgio Quirino – MI - 33 - KTP